JOVENS & MISSÃO

Somos jovens! Somos Cristãos! Somos Missionários! Queremos ter sempre o coração e o espírito jovens, abertos e disponíveis ao mundo, à humanidade, à Missão, a Cristo. Procuramos viver na alegria, na esperança, no compromisso, no serviço. Só assim se "vive ressuscitado" com Cristo.

sábado, 28 de abril de 2007

Vocações


Preciso Mudança

No próximo domingo, dia 29 de Abril, a igreja celebra o Dia Mundial das Vocações. Todos os anos o 4º domingo de Páscoa é dedicado à oração por todos os jovens, homens e mulheres, que vivem a sua fé de um modo mais comprometido e radical.
Ao longo das suas vidas sentiram que O Senhor os chamava a uma missão particular para o serviço do seu povo, de toda a humanidade.
Costumamos ouvir, cantilena que vem de tempos idos, que há crise de vocações, que há falta de padres. Parece-me, no entanto que não deveríamos encarar esta realidade de maneira saudosista ou pessimista, porque, sem negar esta verdade, há outros aspectos fundamentais a ter em conta.
O ministério sacerdotal não é o único na Igreja;
Outros ministérios e serviços há a descobrir, desenvolver e incentivar;
A “falta de padres” pode e deve levar a uma reflexão sobre a pastoral que se vive nas nossas igrejas particulares. Porque me parece que é verdade, que há “falta de padres” mas para um mundo de cristandade, de capelas e capelinhas, de missas e missinhas, de sacramentos a torto e a direito até dizer basta.
Uma pastoral do século XXI não pode viver de missas, casamentos (cada vez menos) e baptizados (ainda menos).
Atrever-me-ia a dizer que não temos crise de vocações, temos é crise de pastoral.
Deus dá à sua Igreja as vocações de que ela precisa. Eu acredito nisto porque a vocação ninguém se la dá a si mesmo, e cada vocação é sempre para uma missão. Então? Se as vocações estão desfasadas das necessidades da missão algo está errado. E eu creio que o que está errado é querer ter as vocações para uma pastoral que já não tem pés nem cabeça.
Não será isto um apelo premente do Espírito à mudança? Ao trabalho diferente? Ao incremento de outros e diferentes ministérios?
Eu creio que sim!!! Até que me provem o contrário!!!

 

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Choques




























 

quinta-feira, 26 de abril de 2007

liberdade


Esclerose

Algumas centenas de pessoas, para trás e para a frente, alguns cartazes e slogans, todos gritam o mesmo: fascismo nunca mais, 25 de Abril sempre. Quem dera! Seria sempre feriado!
Colam-me um autocolante no peito; impresso um cravo. “É para ajudar”, diz-me. Ajudar quem? – Pergunto. "A mim". – Então não quero – respondo - o que lhe devia dar por este pedaço de papel dei ali atrás a alguém que precisa mais do que a senhora.
Como tudo, também o 25 de Abril se tornou comércio.
Os cravos continuam a ter a mesma cor, mas já não o mesmo simbolismo, já não são gratuitos, pagam-se bem.
Os slogans estão estereotipados, são os mesmos de há 33 anos, mas sem a mesma força, o mesmo vigor.
Queremos fazer deste dia um dia que se quer de esperança mas que dela tem pouco.
O que fica é a liberdade: liberdade de vida, de palavra, de passeio, … e já não é pouco, se for bem aproveitado.

 

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Eureka


Cabeças na areia

Alguma comunicação social fez ontem um alarido enorme sobre o facto de crianças chinesas construírem peças electrónicas para telemóveis, nomeadamente da marca Motorola. Parecia que tinham descoberto a pólvora seca dissolvida em água. Não sei para quê tanto alarme se a notícia não tem nada de novo. Isso já toda a gente sabe.
Está mal, está. Porque quem tem poder de fazer alguma coisa não faz (políticos e governantes) por “princípios” ditos de “interesse comum”. Nós os “utentes” dessas maquinarias, andamos tão obcecados, obtusos e despreocupados, que não importa nada a origem do produto, quem fez ou deixou de fazer, quanto custou ou ganhou a pessoa que o construiu. E por isso mesmo não há, nem pode haver qualquer acção de peso, que mexa, que faça notícia, que faça mudar as coisas.

Então a notícia serviu para alguma coisa?
Eu penso que sim. Quanto mais não seja para que tudo isto não caia no esquecimento. E se vós não ouvistes a notícia, pelo menos aqui podeis lê-la e saber que estas coisas existiram, existem e continuarão a existir, enquanto continuarmos a esconder a cabeça na areia.
Ah! Já agora, que marca de telemóvel usas? Também não interessa! Elas devem seguir todas o mesmo esquema, não vos parece?!

 

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Envergonhada


Testemunho que toca

Na semana passada de 16 a 22 estivemos nas paróquias de Molares, Gagos, vale de Bouro e Ourilhe. Foi uma semana de animação missionária nestas paróquias do concelho deCelorico de basto. Ao longo destes dias fizemos actividades na EB 2,3 da Mota, encontros de reflexão e oração com crianças, adolescentes, jovens e adultos em todoas as paróquias. Fica este testemunho que nos interpela:

“Sou uma das catequistas que ontem á noite (sexta feira, 20 de Abril) esteve presente no encontro inter-paroquial em Ourilhe com o Sr. Padre Leonel (encontro de oração pelo Darfur).
O que escrevo hoje é, sem dúvida, aquilo que ontem à noite gostaria de dizer e de partilhar com todos os presentes. Mas não o fiz para não gerar alguma incompreensão, visto que é um sentimento muito pessoal.
Confesso que senti diante de Deus e de Jesus sacramentado a maior vergonha de sempre. Eu até pensava que fazia algo mais ou menos importante em prol de um grupo, de uma paróquia; até dizia com alguma frequência, que perdia um certo tempo na Igreja. Mas depois de ver e ouvir tudo aquilo, que é sem dúvida uma pequena amostra da dura realidade, fiquei completamente envergonhada perante Deus e perante a minha pequenez e insignificância.
Sr. padre, muito obrigado pelo testemunho, pelo exemplo, pela força e coragem que a todos transmitiu. Nunca nos esqueça nas suas orações, porque é um grande privilegiado de Deus. Só alguém muito especial é chamado a fazer uma missão destas ao lado dos nossos irmãos mais necessitados onde Deus basta para serem felizes.
Que Deus os abençoe sempre e os proteja.
Um abraço fraterno”

 

sábado, 21 de abril de 2007

Inclusão social


Fotografar o país invisivel

Neste fim de semana deixo-vos uma notícia importante que merece atenção. Quem tiver tempo, e quiser, prepare-se para participar e contribuir para desenhar o nosso país "invisível" (para quem não quer ver) mas real.

A agência de comunicação Dreamgate/McCann vai convidar, a partir de Junho, os portugueses a fotografarem, com o telemóvel, barreiras sociais, físicas e culturais para construir um mapa do Portugal Invisível.

A iniciativa visa fazer um «novo mapa de Portugal, onde as barreiras responsáveis por um país pouco inclusivo são identificadas». Na sequência da aprovação, no final de 2006, do Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade, pelo Conselho de Ministros, a Dreamgate/McCann decidiu aliar-se ao esforço nacional de ajudar a eliminar, até 2015, as barreiras sociais, físicas e culturais. O projecto foi apresentado em Março último ao presidente da República, que decidiu dar-lhe o seu alto patrocínio.

A proposta da agência é realizar, a partir de Junho, uma campanha de comunicação que leve a população a «fotografar barreiras com o seu telemóvel e enviar via MMS para o site Portugal Invisível», onde as imagens são publicadas e os locais identificados no mapa. «Ao identificar e “mapear” as barreiras é possível dar visibilidade a questões que passam habitualmente despercebidas, que são invisíveis», levando a que o confronto com a realidade seja «um motor de transformação», disse Clara Cotrim, a responsável do projecto.

«Num contexto social em que a limitação está associada ao envelhecimento da população, é necessário e urgente identificar o contexto físico, que torna Portugal numa arquitectura de obstáculos em que uma simples saída à rua se pode tornar num pesadelo», acrescentou. A alteração desta situação «não é só responsabilidade das entidades públicas, precisa uma mobilização da sociedade», disse ainda.

Além de “mapear” as barreiras, o projecto visa, com o apoio dos parceiros que adiram à iniciativa, premiar intervenções que ajudem a eliminá-las, nomeadamente de arquitectos, designers, construtores, fabricantes de equipamentos ou de empresas e particulares.

 

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Darfur


Imagens e aviões

O Google Earth passou a incluir imagens de alta definição da região do Darfur, como forma de alertar para os problemas que se vivem no território. O Google associou-se assim à luta pelo fim das atrocidades no Darfur. Agora é possível ter acesso a campos de refugiados, aldeias destruídas ou pessoas deslocadas.
As aldeias arrasadas são simbolizadas com tochas de fogo e os campos de refugiados com tendas. Tem também acesso a várias estatísticas através de links.
O projecto pretende alertar para uma região onde, segundo as Nações Unidas, mais de 200 mil pessoas morreram e 2,5 milhões foram deslocados em quatro anos.

Enquanto isso o Governo sudanês tem usado falsos aviões das Nações Unidas para bombardear o Darfur e para transportar armas e equipamento militar para a região. A revelação é feita num relatório confidencial da ONU, fornecido ao jornal The New York Times por um diplomata de um dos 15 membros do Conselho de Segurança, que achou por bem divulgar o seu conteúdo.Os aviões em causa são aparelhos da força aérea sudanesa que foram pintados de branco. Alguns contêm a inscrição da ONU em inglês, UN, numa das asas.
O relatório recomenda, por isso, o reforço do embargo de armas imposto pelo Conselho de Segurança, tal como de outras restrições a actividades que envolvam armamento. Nos últimos quatro anos, mais de 200 mil pessoas já morreram no Darfur e 2,3 milhões ficaram desalojadas, num conflito já classificado como um "genocídio".

 

terça-feira, 17 de abril de 2007

Um dia


Fui feliz

Um dia sonhei que era uma princesa fechada na torre de um alto castelo e que ao longe via o príncipe que montado no seu lindo cavalo branco me vinha salvar;
Um dia sonhei que podia voar tão alto que seria capaz de tocar as nuvens, pegar numa estrela, sentir o sol;
Um dia sonhei que seria capaz de correr tão rapidamente como o mais velozdos comboios;
Um dia sonhei que saia a rua e dizia "bom dia" com alegria e que todosrespondiam com um enorme sorriso nos lábios;
Um dia sonhei que todas as guerras do mundo tinham acabado e que viviamos em paz;
Um dia sonhei ser capaz de mergulhar no oceano e descobrir todos os seus mais escondidos segredos;
Um dia... apenas um dia... sonhei!
E no meu sonho... fui feliz!

Karina

 

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Fantástico


Sem palavras

Bem, eu ainda nem tenho palavras para descrever esta experiência que foi a Páscoa Jovem, pois para mim foi uma coisa…FANTÁSTICA.
Passei por diversas experiências, desde a Celebração da Páscoa Hebraica, à Via-sacra, ao Elogio ao Morto e também claro à Vigília Pascal.
Com esta PJ eu tive a oportunidade de me aproximar bastante D’Ele e também de aprofundar a minha Fé Cristã. Também o convívio foi muito importante para mim, pois tornou as coisas mais divertidas no sentido de não nos chatearmos de estar presentes na PJ.
Os momentos de reflexão e de oração que passei foram muitos bons pois tomei conhecimento das experiências dos elementos do meu grupo e tive a oportunidade de dar a conhecer os meus, tudo isto soube muito bem, e espero poder repetir a PJ
Se puder participar em mais encontros seria muito bom para mim.

Obrigado!

Pedro ramos

 

domingo, 15 de abril de 2007

Dias excitantes


 

sábado, 14 de abril de 2007

Um sorriso


Páscoa Missionária em Erra

Quando nos deram a oportunidade de passar a Páscoa numa Paróquia, eu senti vontade em ir e então e dei o meu nome. No entanto, quando se estava a aproximar a Páscoa, eu sentia-me muito desmotivada e sem vontade em ir, querendo ficar em casa.
Estive mesmo para dizer que não ia, mas algo não me deixou e deixei-me ir, acabando por ter sido a melhor coisa que eu podia ter feito. Foi uma experiência muito bonita, cheia de força e de Alegria.

Neste Encontro, vivemos momentos bonitos com as comunidades de Lamarosa e Erra e sentimos o seu carinho e suas mãos acolhedoras. Brincámos, rezámos, preparámos as celebrações Pascais com as crianças e jovens da comunidade e todos aqueles que queriam participar e dar um pouco de si. Conhecemos diversas famílias as quais, cada uma com a sua história, têm tanto para nos ensinar. Vidas cheias de tristeza, mas que não deixam de lutar; vidas que na sua simplicidade e humildade dão uma lição de vida e alegram o coração daqueles que por eles passam.

Este encontro foi marcado pela Alegria, tendo sido algo que acompanhou este encontro com Deus e com os outros. Conheci pessoas que me marcaram pela sua dedicação, carinho e uma força que a ninguém deixa indiferente e que, desde o primeiro momento, nos alegrou de uma forma tão pessoal e única que até fazem sorrir e soltar grandes gargalhadas apenas pensando em recordar...

Foi uma experiência única para mim, a qual só posso agradecer a Deus por me ter dado. Espero que um dia, cada um de vocês possa viver uma experiência assim, simples e bonita!
Um sorriso muito grande para todos vós…
Sandra

 

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Páscoa Missionária


Animação em VIDE

"A coisa de maior extensão no mundo é o universo, a mais rápida é o pensamento, a mais sábia é o tempo e mais cara e agradável é realizar a vontade de Deus." (Tales de Milleto)

Mais uma vez, alguns jovens do Fé e Missão, deixaram as suas terras e famílias para viverem uma Páscoa diferente. Não nos encontramos em nenhuma casa dos combonianos para vivermos as celebrações pascais, desta vez partimos para uma paróquia sem pároco. Chama-se Vide, fica perto da Serra da Estrela e foi lá que durante 4 dias fomos acolhidos e tratados como família.

Nas celebrações de quinta, sexta e sábado, não foram muitos os intervenientes, mas mesmo assim a sensação de realização foi completa. Sentimos que as pessoas que lá estavam nos acolhiam a nós e à nossa mensagem com todo o amor e cuidado. Demonstravam-se participativas, interessadas, abertas... o que despertou em nós um grande espírito de motivação. Foi a este sentimento, a esta alegria, a esta vontade que fomos buscar a força quando o cansaço começava a apertar. Sabíamos que o nosso trabalho não estava a ser em vão, e não há maior e melhor recompensa que saber que estamos a levar um bocadinho de Deus aos outros.

Fizemos diferentes trabalhos: as cerimónias habituais do tríduo pascal: lava-pés, em quinta-feira santa juntamente com Eucaristia, adoração ao santíssimo, tendo como força "Permanecei Junto a MIM ora e Vigia"; Via -sacra e adoração à Cruz em sexta-feira santa, e a grande vigília no sábado de aleluia. No sábado ainda estivemos em contacto com as crianças e os idosos da aldeia, dando muito de nós, mas recebendo ainda mais: sorrisos, força, coragem, ânimo... alegria.

Terminamos esta Páscoa missionária com a grande Eucaristia de Domingo! Ecoou por toda a freguesia o som das campainhas que anunciavam a ressurreição de Cristo. Foram momentos únicos, de beleza incomparável. Foi uma daquelas experiências que se podem denominar... verdadeiramente enriquecedoras. Tivemos uma "experiência missionária", que embora sendo em pequena escala, nos fez perceber que por esse mundo fora há sempre alguém que precisa de nós, há sempre alguém que nós podemos tornar mais feliz, há sempre alguém que ainda não conhece o Deus vivo... alguém a quem nós devemos levar o nosso motor "Cristo Ressuscitado"

Sem dúvida um experiência única, inesquecível que vai muito além daquilo que pode ser posto em palavras. Podemos então dizer que realizar a vontade de Deus é então a coisa mais cara do universo, mas sem sombra de Deus a mais agradável, enriquecedora e formidável.

Gilda Santos

 

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Vi o Senhor


Outro sentido na vida

“Vi o Senhor!”.
Estas foram as palavras que a Maria Madalena disse quando anunciou a ressurreição do Senhor e são as palavras que eu digo após a Páscoa Jovem nos Missionários Combonianos.
Este ano, o encontro foi em Vila Nova de Famalicão. Para mim que sou dos arredores de Lisboa, levei seis horas para lá chegar. Nada de especial se pensarmos que a Carmen veio de Beja. A viagem foi longa, mas valeu a pena. Vi e senti Jesus de uma forma como nunca me tinha acontecido nesta época da Páscoa e senti que Jesus estava muito feliz por estar a louvá-Lo daquela forma, junto de outros jovens.
Vínhamos de lugares diferentes, do Sul ao Norte do país, cada um com a sua experiência de Fé, mas todos aprendemos uns com os outros e saímos deste encontro com muitas sementes de Fé e Missão que, assim espero, cresçam muito e dêem fruto. É mesmo caso para dizer todos diferentes, todos iguais. Afinal, o rosto de Cristo é a diversidade que constitui o seu povo, o que permite dar e receber, ou seja, acabamos todos por ser mestres e discípulos.
Isso viu-se bem na Eucaristia do Lava-Pés. Mais uma vez relembrámos como é importante fazer como Jesus: apesar de ser o Mestre, lava os pés aos seus discípulos, mostrando que ninguém se deve achar superior. Também nós devemos seguir este exemplo e darmo-nos ao próximo sem olharmos à etnia, à cor da pele, à roupa, à pronúncia… enfim devemos olhar para todos como sendo filhos de Deus. Só assim é possível compreender o Amor de Deus, porque tal como Jesus disse “
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?” (Mt, 5, 46-47)
Na quinta-feira Santa celebrámos também a Ceia Hebraica. Foi uma experiência maravilhosa. Em plena refeição pensamos no sacrifício dos nossos antepassados quando eram escravizados no Egipto. Recordámos também como o Pai instituiu a Páscoa na altura em que fez o seu povo sair dessa escravidão pela mão de Moisés.

Na sexta-feira fizemos a Via-Sacra pelas ruas, pensando nos milhares de irmãos espalhados pelo mundo que estão em sofrimento, como os emigrantes clandestinos, as vítimas de maus-tratos, de mutilação genital, os refugiados… enfim todos os que sofrem com os atentados contra os direitos humanos. Afinal, ser cristão é estar em união com o mundo. Terminámos o dia com a adoração da cruz, contemplando a fonte da nossa salvação.
Um dos pontos altos do Sábado Santo foi o Elogio do Morto, em que perante a cruz, pensávamos no sofrimento de Jesus e na importância de carregarmos a cruz com Ele. Não nos podemos esquecer que, apesar da Sua condição divina, Jesus foi homem quando veio à Terra. Sofreu com a agonia no horto, com a traição de Judas, seu companheiro, com as flagelações, mas principalmente com a indiferença e a maldade das pessoas. Todos os dias devíamos relembrar a Sua Dolorosa Paixão e pensar se também estamos a crucificar Jesus com a nossa indiferença ou com a nossa maldade. No final, fizemos uma oração a Jesus, perante a cruz.
Durante o encontro estivemos em missão rezando pelo mundo, mas também fazendo trabalhos para angariar fundos para o Darfur, uma região do Sudão onde está a ocorrer um genocídio e onde temos um missionário a tentar ser uma gota de água no meio de vários atentados contra os direitos daqueles nossos irmãos em Cristo.

O momento mais importante foi, como não podia deixar de ser, à meia-noite de sábado, quando o padre Marcelo nos diz, com um sorriso, “É Páscoa!”. As luzes acenderam-se e todos glorificámos Jesus cantando o Glória em Lingala, uma língua do Congo, e com passos de dança africana. Era inevitável não haver festa. Estávamos a relembrar a ressurreição de Jesus. Fazemos tantas festas por tudo e por nada, por que não fazer uma para Jesus?
No final, só tenho uma coisa a dizer: “Obrigado, Jesus, pela Páscoa que me deste!”.
Acreditem que estas palavras são unânimes. Todos sentimos que a Páscoa ganhou outro sentido na nossa vida.
Maria João

 

terça-feira, 10 de abril de 2007

Felicidade


Alguns ecos da PJ

Perante tantas cruzes no mundo como podemos cruzar os braços? Jesus morreu de braços abertos, e nós? Cruz da morte? Não! Cruz da vida e do amor. Maria João

Nestes momentos da nossa vida temos de acreditar em Deus. Felizes os que acreditam num só deus. Luís Bento

Os momentos de silêncio foram bastante enriquecedores, para o caminho a seguir. Obrigado. Bernardo Mota

Deus é amor! Atreve-te a viver por amor. Gosto desta música e não pude deixar de a partilhar com todos. Marisa

Senhor queria agradecer-te pelos bons momentos que me proporcionaste neste convívio tão harmonioso e acolhedor. Tânia Daniela

O maior e melhor tesouro é Jesus Cristo. Ele ama-nos de uma maneira gratuita. Cativa e espreita a nossa resposta. Juliana Azevedo

“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Será assim tão difícil cumprir isto? Nuno Cruz

 

sábado, 7 de abril de 2007

Com alegria

Feliz Páscoa


ELE NÃO ESTÁ AQUI! RESSUSCITOU!

Mt 28, 6
A todos os nossos amigos, familiares, desconhecidos que nos visitam neste cantinho, desejamos uma SANTA PÁSCOA na paz e na alegria de Jesus ressuscitado.

 

O encanto do crucificado


Diálogo Fraterno

O Darfur é uma província de morte no Oeste do Sudão. Mas também é lugar para um diálogo inter-religioso baseado no respeito mútuo como conta um missionário que lá vive.

«Eina! Olha quantas cruzes! E que bem alinhadas que estão ao longo de toda a igreja», exclamou Khalid, um aluno muçulmano durante uma visita de estudo à igreja paroquial de Nyala, no Sul do Darfur, surpreendido com a distribuição da via-sacra na parede da igreja.
Não havia cristãos entre os alunos. O que não me surpreende. A maioria dos católicos são desalojados e não têm dinheiro sequer para frequentar uma escola do estado quanto mais uma privada!
“Hoje trouxemos 195 alunos. A outra metade vem amanhã” – diz-me um dos professores. A visita honra o estabelecimento escolar e, ao mesmo tempo, é uma prova concreta de diálogo inter-religioso entre muçulmanos e cristãos.
O Gabriel – o catequista-chefe da paróquia – fez, no adro, uma apresentação geral da Biblia e da Igreja Católica. Depois os professores dividiram os alunos em quatro grupos para um encontro com o padre Emanuel Denima Darama dentro da igreja. É um comboniano congolês.
O padre Denima continuou a explicar as ideias principais do cristianismo. Os estudantes não o poupavam com perguntas. Um deles acabou por receber um raspanete do responsável: «Khalid, não me queiras deixar envergonhado neste lugar sagrado. Por favor, os comentários estúpidos são dispensados, e só se faz uma pergunta de cada vez.»
«Professor, não se preocupe; este aluno não está a ser malcriado; pelo contrário, está a pôr uma questão que toca o centro da fé cristã», atalhei.
O jovem, mais à vontade, exprimiu aquilo que lhe ia na alma: «Nós sabemos que a cruz é coisa de cristãos. Nunca duvidei da minha fé islâmica. Como muçulmano, sei que Jesus – Issa aleihi elsalam, a paz esteja com ele – não foi crucificado mas arrebatado directamente para o Paraíso. No entanto, neste momento acho-me confuso. O crucifixo que vejo à minha frente e em tamanho natural, faz-me muita impressão.»
A assembleia ficou em profundo silêncio, apreensiva. Talvez alguém quisesse comentar a opinião do colega. Mas ele, logo a seguir, arrematou: «Tenho ainda uma pergunta de curioso: aquela mesa ali, tão cuidadosa e lindamente coberta, para que serve, neste lugar sagrado?»
Enquanto Khalid falava, os pensamentos atravessavam a minha mente como relâmpagos. Seria este um dos momentos do «encanto» do Crucificado que, por vezes, sentimos através do seu Espírito?
Khalid não perguntou porque é que aquele homem se deixou pregar numa cruz. Eu tão pouco saberia responder-lhe. De facto, não tem mesmo explicação humana. Faz parte do insondável mistério de Deus que veio ter connosco, «rebaixando-se até à morte e morte de cruz». Coisa de que só o amor de Deus é capaz.
Mas a morte de Jesus é uma morte que gera Vida. Não será, talvez, de forma automática. Será mais uma caminhada lenta e provada. A Bíblia fala-nos da tolerância e da paciência de Deus, tema apreciado também pelo Islão. Um dos 99 atributos ou mais belos nomes de Deus escritos no Alcorão é precisamente «El Sabur», infinitamente paciente. Ninguém é excluído da Salvação oferecida por meio de Jesus Cristo crucificado. Mas não é próprio de Deus queimar etapas. O seu estilo preferido é não forçar o ritmo das suas criaturas. A seu tempo tudo acontecerá. Eu acredito nesse milagre.
Delicadamente ousei interromper o silêncio dos alunos que, acredito, era espaço habitado pelo Espírito Santo.
«Desculpem, permitam-me só uma observação a Khalid. O Issa que lês no Alcorão, chama-se Jesus no Evangelho. E agora vamos à pergunta curiosa sobre o que faz aquela mesa neste lugar sagrado.
«Aquela mesa é o lugar onde acontece a Morte e a Vida. À volta dela reunimo-nos para a refeição sagrada. Vós, no Islão, celebrais a festa do “Adha”, o sacrifício, na qual comeis a carne do cordeiro cujo sangue tem que ser derramado. E quando uma pessoa é morta violentamente vós usais a palavra “zabaha”, não é verdade? Essa palavra indica que o sangue escorreu até à última gota, certo? Se não for verdade, estejam à vontade e não tenham receio de me corrigir.
«Para nós, cristãos, Jesus substitui o cordeiro na Páscoa dos hebreus do Antigo Testamento. É Ele o Cordeiro da Páscoa cristã. Talvez, aos ouvidos dos muçulmanos estas palavras soam como blasfémia. Mas não vejo nenhum de vós tapar os ouvidos, que tomo como sinal de apreço e respeito. Obrigado!
«Na vossa bela língua árabe, esta mesa tem o nome de “mazbah”. Sabem sem dúvida do que trata. Sim, os cochichos ai no fundo da igreja, queremos ouvi-los. Ora venham lá essas achegas em voz alta!»
«Dá a ideia de matadouro ou matança. Lugar do sacrifício. Holocausto. Sabe a sangue», alguns alunos foram comentando.
«Obrigado. Aconteceu há dois mil anos: Jesus morreu no alto da cruz e ao terceiro dia ressuscitou. O altar – “mazbah” – representa o sacrifício, a oferta de Jesus e está intimamente ligado com este acontecimento e faz parte da mesma realidade. Sobre esta mesa faz-se a celebração da maior festa do cristianismo: a Páscoa, dia da Ressurreição de Jesus, que se repete cada domingo.
«Jesus oferece-se como “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. É o banquete da Páscoa que somos convidados a partilhar em refeição de comunhão. É a festa da Eucaristia, isto é, acção de graças pelas maravilhas que Deus fez e continua a fazer através da Morte e Ressurreição daquele Jesus que contemplamos ao olhar o Crucifixo.
«A expressão dos vossos olhos diz-me que não estais a acompanhar o meu pensamento. Mas não vos censuro por isso. Quem se atreveria? A lógica e a filosofia ajudam a chegar à fé. Mas neste caso concreto elas valem-nos de bem pouco. Aqui somos convidados a entrar no mistério da fé, cujo segredo reside em Deus. Ele criou-nos livres e deu a cada um a chave do próprio coração. É uma fechadura que só podemos abrir por dentro. Se deixarmos Deus entrar, Ele partilhará connosco os seus segredos. Para Ele não há distinção de raças e não lhe importa que O tratemos por Deus, Theos, God ou Allah, em latim, grego, inglês ou, árabe. Ou que lhe falemos com a voz silenciosa do coração. Se O deixarmos entrar, Ele passará de hospede a Senhor da nossa vida. E ensinar-nos-á os caminhos da fé; por vezes tão diferentes e até contraditórios.
«Deus sabe tirar partido das más escolhas dos seres humanos, em favor da Vida que Ele reservou desde sempre para as suas criaturas. Todas, a seu tempo e sem queimar etapas.»
Ao despedir-me de Khalid, disse-lhe a sós: «Não fiques a cismar na crucifixão. Deixa-te encantar pelo Crucificado! Para aqueles que O contemplam com olhos de fé, a sua morte gera Vida. Não é uma vida passageira e mesquinha mas de valor divino, como a d‘Ele. Condiz perfeitamente com o teu lindo nome, Khalid, eterno e glorioso.»


Feliz da Costa Martins, missionário comboniano
Nyala (Darfur – Sudão)

 

sexta-feira, 6 de abril de 2007

P.J. é Vida


A àrvore da vida

Somos um bom grupo de 50 jovens a viver esta páscoa em V.N. Famalicão. De Beja até Fafe é uma variedade de nomes, rostos, sorrisos, palavras amigas, que nos inundam o ser e aquecem o coração.
Enertados na àrvore (... da vida; ... da cruz; ... da luz;) é o tema do encontro. Viver de forma especial as celebrações pascais é o grande objectivo. Acabámos de celebrar a ceia do Senhor e um momento de adoração, nesta longa noite de quinta para sexta. Vigiámos com jesus no Getsémani. Deixo um pequeno texto do evangelho, que marcou este dia.
Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes: «Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.» Tomando uma taça, deu graças e disse: «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.» Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.» Lc 22,14-20
Se acreditais, rezai por nós. Se não acreditais, ficai solidários connosco. Vós estais no nosso pensamento e nas nossas orações.

 

terça-feira, 3 de abril de 2007

Testemunho


Quaresma na primeira pessoa

Depois da experiência da dor e da doença, José Dias explica o sofrimento como caminho de Ressurreição.

Há algum tempo conheci o José Dias. Fiquei encantado.
Encontrei agora uma entrevista na ecclesia que aconselho vivamente a ler. Deixo aqui só algumas citações para vos encorajar a ler toda a notícia.

"Nunca pedi a Deus que me curasse mas que me desse força para eu viver em alegria este tempo".

"Nunca me confrontei com Deus nem lhe exigi nada. Refilo mais com Deus na vida sã do que na doença. Senti um bocadinho de comunhão com Jesus na Cruz".

"Esta Quaresma que eu passei deu-me perspectivas novas. Olho para o mundo e para as pessoas de outra forma".


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Consultar o seu blog

 

P.J.


Aventura

Ultimamente tem sido uma azáfama: JAMIC, FM centro, FM sul e agora a P.J.
É que o dia só tem 24 horas e metade é noite. Então não há muito por onde escolher e as noites encolhem, encolhem, até tornar-se pequenas demais.
Mas não interessa, o objectivo vale a pena.
A Páscoa Jovem está mesmo quase pronta, e é com ansiedade que caminhamos inexoravelmente para quinta feira santa. Sim! É nesse dia que nos encontraremos todos em Vila Nova de Famalicão, no Minho, na comunidade dos Missionários Combonianos.
Todos, quer dizer, até agora, 45 jovens, de todo o país. Sim, porque o encontro é nacional. Viver o triduo pascal com outros jovens desconhecidos, do norte ao sul do país.
Não são muitos os que têm a coragem de, nestas ocasiões, deixarem o seu pequeno mundo e lançar-se na “aventura”. Aventura de se abrirem e irem ao encontro dos outros; aventura de viverem uma Páscoa diferente; aventura de arriscarem o desconhecido.
A vida é dos(as) audazes! A alegria, o fruto do encontro com os outros! O amor, o motor da abertura e dom aos outros.

Desde já, feliz Páscoa para todos e que não nos falte a coragem de sermos felizes!