JOVENS & MISSÃO

Somos jovens! Somos Cristãos! Somos Missionários! Queremos ter sempre o coração e o espírito jovens, abertos e disponíveis ao mundo, à humanidade, à Missão, a Cristo. Procuramos viver na alegria, na esperança, no compromisso, no serviço. Só assim se "vive ressuscitado" com Cristo.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Vi o Senhor


Outro sentido na vida

“Vi o Senhor!”.
Estas foram as palavras que a Maria Madalena disse quando anunciou a ressurreição do Senhor e são as palavras que eu digo após a Páscoa Jovem nos Missionários Combonianos.
Este ano, o encontro foi em Vila Nova de Famalicão. Para mim que sou dos arredores de Lisboa, levei seis horas para lá chegar. Nada de especial se pensarmos que a Carmen veio de Beja. A viagem foi longa, mas valeu a pena. Vi e senti Jesus de uma forma como nunca me tinha acontecido nesta época da Páscoa e senti que Jesus estava muito feliz por estar a louvá-Lo daquela forma, junto de outros jovens.
Vínhamos de lugares diferentes, do Sul ao Norte do país, cada um com a sua experiência de Fé, mas todos aprendemos uns com os outros e saímos deste encontro com muitas sementes de Fé e Missão que, assim espero, cresçam muito e dêem fruto. É mesmo caso para dizer todos diferentes, todos iguais. Afinal, o rosto de Cristo é a diversidade que constitui o seu povo, o que permite dar e receber, ou seja, acabamos todos por ser mestres e discípulos.
Isso viu-se bem na Eucaristia do Lava-Pés. Mais uma vez relembrámos como é importante fazer como Jesus: apesar de ser o Mestre, lava os pés aos seus discípulos, mostrando que ninguém se deve achar superior. Também nós devemos seguir este exemplo e darmo-nos ao próximo sem olharmos à etnia, à cor da pele, à roupa, à pronúncia… enfim devemos olhar para todos como sendo filhos de Deus. Só assim é possível compreender o Amor de Deus, porque tal como Jesus disse “
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?” (Mt, 5, 46-47)
Na quinta-feira Santa celebrámos também a Ceia Hebraica. Foi uma experiência maravilhosa. Em plena refeição pensamos no sacrifício dos nossos antepassados quando eram escravizados no Egipto. Recordámos também como o Pai instituiu a Páscoa na altura em que fez o seu povo sair dessa escravidão pela mão de Moisés.

Na sexta-feira fizemos a Via-Sacra pelas ruas, pensando nos milhares de irmãos espalhados pelo mundo que estão em sofrimento, como os emigrantes clandestinos, as vítimas de maus-tratos, de mutilação genital, os refugiados… enfim todos os que sofrem com os atentados contra os direitos humanos. Afinal, ser cristão é estar em união com o mundo. Terminámos o dia com a adoração da cruz, contemplando a fonte da nossa salvação.
Um dos pontos altos do Sábado Santo foi o Elogio do Morto, em que perante a cruz, pensávamos no sofrimento de Jesus e na importância de carregarmos a cruz com Ele. Não nos podemos esquecer que, apesar da Sua condição divina, Jesus foi homem quando veio à Terra. Sofreu com a agonia no horto, com a traição de Judas, seu companheiro, com as flagelações, mas principalmente com a indiferença e a maldade das pessoas. Todos os dias devíamos relembrar a Sua Dolorosa Paixão e pensar se também estamos a crucificar Jesus com a nossa indiferença ou com a nossa maldade. No final, fizemos uma oração a Jesus, perante a cruz.
Durante o encontro estivemos em missão rezando pelo mundo, mas também fazendo trabalhos para angariar fundos para o Darfur, uma região do Sudão onde está a ocorrer um genocídio e onde temos um missionário a tentar ser uma gota de água no meio de vários atentados contra os direitos daqueles nossos irmãos em Cristo.

O momento mais importante foi, como não podia deixar de ser, à meia-noite de sábado, quando o padre Marcelo nos diz, com um sorriso, “É Páscoa!”. As luzes acenderam-se e todos glorificámos Jesus cantando o Glória em Lingala, uma língua do Congo, e com passos de dança africana. Era inevitável não haver festa. Estávamos a relembrar a ressurreição de Jesus. Fazemos tantas festas por tudo e por nada, por que não fazer uma para Jesus?
No final, só tenho uma coisa a dizer: “Obrigado, Jesus, pela Páscoa que me deste!”.
Acreditem que estas palavras são unânimes. Todos sentimos que a Páscoa ganhou outro sentido na nossa vida.
Maria João

 

3 Comments:

Blogger Unknown said...

Muito bem Maria João, gostei de ver as tuas palavras :D um beijinho ca do norte!

4:38 da tarde  
Blogger Marisa Vaz said...

Como duvidar de que Deus nos ama se nos proporciona momentos como este, momentos de contemplação, de perdão, de graça, de uma análise profunda da nossa condição, da nossa missão e da nossa relação com Ele e com os outros? Sintamo-nos felizes e privilegiados por nos ter sido concedida a graça de "ver" o Senhor...de o sentir...de o amar! Ele deu-nos a semente da luz: que sejamos capazes de a fazer florescer numa linda flor.
A PJ foi, e será sempre, uma das fontes de água que alimentará a minha/nossa semente, o meu/nosso amor por Deus.
Obrigada Pai!

5:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parece que te posso ouvir falar Maria João. E como falas bem!:)

Que saibamos ser sempre rosto de Jesus. Foram as palavras que ouvi antes de receber o sacramento da reconciliação nesta Paixão.

Mil beijos,
Madalena.
Fm-Sul

10:44 da tarde  

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