JOVENS & MISSÃO

Somos jovens! Somos Cristãos! Somos Missionários! Queremos ter sempre o coração e o espírito jovens, abertos e disponíveis ao mundo, à humanidade, à Missão, a Cristo. Procuramos viver na alegria, na esperança, no compromisso, no serviço. Só assim se "vive ressuscitado" com Cristo.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Reveillon XL


Fantástico

O Reveillon XL está à porta. É já no dia 30.
Deixo-vos duas intervenções de alguns participantes
do ano passado.

“Partida de um novo ano de emoções, de encontro com os caminhos da vida…de escolhas.
Entrámos no novo ano unidos na oração em Jesus.
Abriu-se neste momento uma nova porta para o futuro onde olhando o passado procuraremos ser dons de vida e possamos seguir os passos de Cristo. Foi um encontro de compromisso para este ano que se começa agora, e compromisso para a vida.
Viveram-se emoções, partilharam-se alegrias com sorrisos, olhares, todos nos abraçamos a Cristo como irmãos.
No final…em cada rosto a satisfação e alegria.”

“Quando decidimos que queremos ser felizes, nós conseguimo-lo, somos capazes.
Os sentimentos que trespassaram o meu coração, o meu pensamento, foram de muita alegria, profundidade, amor, entrega, felicidade; os sentimentos vieram dia para dia, cresceram. Senti-me tão próxima, tão acolhida que não queria estar em mais sítio nenhum, apenas aqui…de alma e coração, dando o meu sorriso, a minha presença!
Podemos encontrar Cristo, através da união e amor entre este grupo.
A minha maior graça foi estar com estes amigos fantásticos, foi também ter visto outra forma de entrega a Deus, mas com igual ou mais amor.
É fantástico olhar para as pessoas e ver um sorriso tão puro, tão verdadeiro. Deus concede-nos dons e talentos maravilhosos, só temos de os descobrir porque o melhor de nós fluirá!”

 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Feliz Natal


A paz e a alegria do nascimento de Jesus
inunde o coração
de todos os homens e mulheres
para que a vida de cada um seja uma benção
para a humanidade inteira.


Feliz natal a todos

bem hajam pela vossa fidelidade e amizade

 

sábado, 23 de dezembro de 2006

Presentes


Carta ao Menino Jesus

Meu querido Menino Jesus,
Quando era puto, ensinaram-me que és tu que trazes os presentes na noite de Natal. Depois apareceu esse velhote de barbas brancas vestido à Benfica – que mau gosto! – a distribuir as prendas. Não tenho nada contra ele, mas o pai-natal é cada um de nós, porque «é Natal quando cada um quiser».
O Natal é o teu dia de anos! Às vezes esquecemo-nos disso… Tem piada: fazes anos e dás os presentes. És bué fixe. Por isso é que resolvi escrever-te alguns pedidos.
Antes de mais, quero que abençoes a pessoa que está a ler esta carta. Sabes? Gosto muito dela. Enche-a da tua paz e deixa-lhe um 2007 cheio de bondade!
Depois, peço a tua bênção para as crianças do Mundo. O Evangelho conta que nasceste fora da cidade, entre os excluídos, e que foste refugiado no Egipto para escapar à violência invejosa de Herodes. Há milhões de menores traficados, escravizados, forçados a pegar em armas ou a entrar na prostituição. Nunca vão ser meninos! Cuida deles de uma forma especial. Sobretudo das crianças do Darfur, da Palestina, do Iraque que (sobre)vivem e crescem no meio da violência e da morte.
Recorda-te também das pessoas do Sul do Sudão. Andam ocupadas a reconstruir as vidas depois de 20 anos de guerra. Muitas sentem-se frustradas. Que ultrapassem o ódio e os desejos de vingança! E que os dirigentes usem os recursos humanos, económicos, naturais, sociais e culturais para o bem comum. Sabes? Aqui dizem que a sigla GoSS – Governo do Sul do Sudão em inglês – também quer dizer Government of Serf Service, Governo de Auto Abastecimento!
Abençoa a equipa que está a iniciar a Rede Católica de Rádio do Sudão. Ser boa notícia neste contexto é um desafio enorme. Dá-nos audácia e coragem. E um forte sentido de equipa.
Com a tua ajuda, que os vizinhos descubram que os amas através das missionárias e dos missionários que vivem no espaço chamado Comboni House.
Para mim, já me deste tanto que até tenho vergonha de te pedir mais. Deste-me esta vida linda, a minha família, os amigos, a família comboniana… Faz que me sinta feliz no calor e no pó desta cidade em ebulição. É pedir muito?
Ah! Não te preocupes. A minha casa não tem chaminé e eu não uso sapatos. Só sandálias! Por isso, deixa os presentes no corredor à porta do meu quarto!

Um xi-coração do teu mano Zé

Zé vieira, no Sudão

 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Meu Credo


Creio que a vida é um dom

CREIO que a vida é um dom inestimável, do qual eu não sou dono, mas somente administrador.

CREIO que a vida é alegria, em qualquer circunstância, mesmo se no meu caminho encontro maldade, incompreensão, sofrimento, frieza, solidão e duro Inverno.

CREIO que em cada homem encontro um irmão, seja qual for a cor da sua pele, não obstante os seus defeitos, os seus erros, de tudo aquilo que a gente fala e pensa dele.

CREIO que no coração de cada homem se encontra uma semente de bondade que eu devo descobrir, aceitar, apreciar e valorizar.

CREIO que na vida tem valor o “ser” e não o “possuir”.

CREIO que a bondade não morre com o corpo, mas fica, transformando os homens e o mundo.

CREIO que esta vida que tem começo no tempo se aperfeiçoará na feliz eternidade.

Este é o meu credo. E por tudo isto eu CREIO no NATAL.

 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Darfur 2


Natal sem luzes

Continuação do relato do P. Feliz:

De repente, vejo que tenho um traquina – o mais crescido entre eles – sentado no suporte da bicicleta. Deve saber quem eu sou, pois é a segunda vez que venho a este lugar. Mas, antes que eu interviesse, ele antecipou-se e disse: “é ali mais à frente”.
Deixo-me guiar pelo meu novo amigo que fala num sotaque darfuriano muito carregado. O pequeno continua a dizer coisas que não entendo por completo, até que, finalmente, ouço que diz: “o meu nome é Khamis e tu és o abuna”.
A noticia deve ter passado de tenda em tenda. Muita gente se aproxima para ver o espectáculo do Khamis que conquistou o selim e o abuna que empurra a bicicleta…. Mas logo dou conta que o verdadeiro espectáculo é outro: pensam que vim distribuir alimentos. E ao verem-me de mãos vazias, a desilusão aparece marcada nos seus rostos. A minha dor aumenta porque não lhes posso valer.
Mais uma rua. E outra. Num salto, o Khamis, pôs-se no chão e convidou-me a entrar: “a casa de Deus é aqui”.
Era uma tenda maior que as outras onde estavam mais de meia centena de pessoas de todas as idades. Cantavam e rezavam sob a guia do catequista Joseph que dirigia o encontro de oração. Ouvi o meu amigo Khamis chamar mãe a uma senhora ainda jovem. Dei-lhe os parabéns por ter um filho tão esperto. E ela, entre soluços, contou a história daquela que foi a mãe do Khamis. Maria era o seu nome. Fora morta a tiro pelos Janjauid, quando fugia da sua casa em chamas que esses mesmos homens sanguinários tinham incendiado. Levanto os olhos e vejo braços que se vão erguendo. Percebi então que muitos dos presentes eram dessa mesma aldeia. Ao meu lado, um jovem acrescentou, tristemente: “famílias inteiras foram mortas nessa mesma hora, ali, com a Maria; os seus corpos ficaram espalhados no chão”. E, a custo, concluiu: “fugimos sem os ter podido sepultar; que Deus nos perdoe”.
O encontro está para acabar. Alguém lembra que se faça um presépio. Chovem ideias. Será um presépio vivo. Aquela tenda-casa de Deus representará o acampamento de Utach, abraçando todo o Darfur e o mundo inteiro. Não vão trazer bonequinhos nem figuras de fora. “No dia 25 – disseram com determinação – nós estaremos aqui”. Sim, acredito e estou certo de que eles farão uma linda representação. Eles mesmos vão ser o presépio. “Natal sem Luzes”, onde abunda a simplicidade e o brilho da fé que ilumina e conduz à salvação.
À tardinha, na volta para casa, as duas rodas pediam mais velocidade, mas os pedais não tinham culpa. Parte do meu ser estava ainda no acampamento que há pouco tinha deixado. Aquele presépio não vai morrer. Não haverá Janjauid que o mate. Estará sempre vivo. O Filho de Deus veio montar a sua tenda no meio do seu povo. Deus connosco. Emanuel. A sua Luz brilhará para sempre! Gloria a Deus no Céu e paz na terra…

(Feliz da Costa Martins – Nyala, Natal 2006)

Para ti, Feliz e Santo Natal!
Um ano novo de Paz, Justiça e Amor!

 

sábado, 16 de dezembro de 2006

Darfur 1


Khauaja

O P. Feliz Martins é Missionário Comboniano. Depois de alguns anos em Portugal, voltou em Setembro para a missão do Sudão. Foi destinado a Nyala em pleno Darfur.
Porque o Fé e Missão está a fazer uma campanha de informação, sensibilização e angariação de fundos para o Darfur e concretamente para o P. Feliz, aqui ficam extratos da sua última carta.

Ai, acabou-se o alcatrão! Que remédio senão abrandar!? É que o selim não é de estofo! Mais umas quantas pedaladas e já estou no “suq” (mercado). Hoje o desvio é obrigatório. A estrada principal é para as Forças Armadas que vão chegar. “Vêm trazer a paz ao Darfur” – anunciou a emissora nacional. Oxalá fosse verdade! Mas como podem trazer a Paz, se nas mãos têm instrumentos de guerra?
Desço da bicicleta e sou mais um no meio da multidão que se move, acotovelando-se, à procura de viver. Lentamente, vou fazendo caminho por entre a densa massa humana. Aparelhos de rádio ecoam no ar com discursos a cruzarem-se com músicas variadas. Vendedores gritam o melhor e mais barato produto do mundo. Cestas e potes com sementes e especiarias embebedam a atmosfera com os seus cheiros misturados. De repente, a bicicleta empancou. É o brincalhão do Yohana, um dos membros do conselho paroquial. Agarrando a roda dianteira com a sua mãozona, sai-se com mais uma das suas gracinhas de costume: “abuna (padre), e que tal se fizéssemos aqui a celebração da missa de Natal, no meio desta multidão?” Outras pessoas, que não conheço, cumprimentam-me e convidam a comprar na sua barraca. Sim, quase todos de religião muçulmana, pertencentes às muitas e variadas tribos darfurianas. Mas todos filhos de Deus que buscam a sua Luz.
Finalmente, livre do suq, estou na direcção de Utach – o mais próximo dos campos de refugiados, mesmo à saída da cidade. Estendo o olhar ao longe: um mar de tendas brancas e azuis. À mediada que me aproximo e entro nas ruas desta “imensa aldeia” improvisada forçadamente pela guerra do Darfur, sinto, dentro de mim, que estou a pisar terra sagrada. “Natal sem Luzes”. De bicicleta à mão, vou-me perdendo e encontrando em vielas todas tão iguais. Bandos de meninos vestidos de poeira, rodeados de moscas que procuram amizades. São crianças iguais às de todo o mundo. Brincam e correm, contentes, não sabendo como e porquê vieram aqui parar. Ao passar no meio delas, repetem-me o já conhecido refrão: “Khauaja (estrangeiro), Okay, Khauaja, Okay”. Palavras que aprenderam e repetem quando vêem algum branco funcionário das Organizações de ajuda humanitária (ONG).
continua...

 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

A verdade da vida


Pensamentos

"Deus não escolhe pessoas capacitadas; Ele capacita os escolhidos."

"Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir aDeus."

"Nada está fora do alcance da oração, excepto o que está fora da vontade deDeus."

"O mais importante não é encontrar a pessoa certa, e sim ser a pessoacerta."

"Moisés gastou: 40 anos a pensar que era alguém; 40 anos a aprender que nãoera ninguém e 40 anos a descobrir o que Deus pode fazer com um NINGUÉM."

"Não confundas a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS. Nem tudo o queacontece é de Sua vontade, mas nada acontece sem Sua permissão."

"Não digas a DEUS que tens um grande problema. Diz antes ao problema quetens um grande DEUS."

Bom fim de semana

 

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Mais feliz


Pensa no seguinte:

Esta manhã, se acordaste de saúde, então és mais feliz do que 1 milhão de pessoas que não vão sobreviver até ao final da próxima semana.

Se nunca sofreste os efeitos da guerra, a solidão de uma cela, a agonia da tortura, ou fome, então és mais feliz do que outras 500 milhões de pessoas do mundo.

Se podes entrar numa igreja (ou mesquita) sem medo de ser preso ou morto, és mais feliz do que outras 3 milhões de pessoas do mundo.

Se tens comida no frigorífico, tens sapatos e roupa, tens uma cama e tecto, és mais rico do que 75% das outras pessoas do mundo.

Se tens uma conta bancária, dinheiro na carteira e algumas moedas num mealheiro, pertences ao pequeno grupo de 8% de pessoas do mundo que estão bem na vida.

Se estás a ler este post, és triplamente abençoado, pois:
1. Alguém se lembrou de ti.
2. Não fazes parte do grupo de 200 milhões de pessoas que não sabe ler.
3. e... tens um computador!

Alguém uma vez disse:
- " trabalha como se não precisasses do dinheiro,
- ama como se nunca tivesses sido magoado,
- dança como se ninguém estivesse a ver-te,
- canta como se ninguém te estivesse a ouvir,
- vive como se a terra fosse o Paraíso ."

Se gostaste do que leste, peço-te um gesto por aquel@s que não podem ler...
… Sorri!
E sentir-te-ás mais feliz!

 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Soberbo

Tony Melendez

Quando vos sentirdes os mais infelizes dos seres humanos,
Quando a esperança parece desaparecer,
Quando o amanhã se anuncia tenebroso,
Quando...

Vem até aqui e recupera a energia, a fé, a coragem.
É um pouco pesado mas vale a pena.


Obrigado Rita

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Pontuação


Pontos fazem a diferença

Um homem muito rico e avarento estava agonizando. Sentindo a morte chegar pediu papel, caneta e escreveu assim:
«Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.»
Como morreu antes de fazer a pontuação, a quem deixava ele a fortuna? Eram quatro os "pretendentes"

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa para sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os sem-abrigo da região. Um deles, bastante sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga aconta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda a diferença.

 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Arriscar-se


Ganhar a vida

Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas...é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.
Só a pessoa que se arrisca é livre...
"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."

(Soren Kiekegaard)

 

sábado, 2 de dezembro de 2006

Indiferente


Eu só peço a Deus

Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria;

Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucado brutalmente;

Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda pobre inocência desta gente;

Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente;

Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganado
Pra viver uma cultura diferente.