JOVENS & MISSÃO

Somos jovens! Somos Cristãos! Somos Missionários! Queremos ter sempre o coração e o espírito jovens, abertos e disponíveis ao mundo, à humanidade, à Missão, a Cristo. Procuramos viver na alegria, na esperança, no compromisso, no serviço. Só assim se "vive ressuscitado" com Cristo.

sábado, 30 de junho de 2007

Mais feliz


Alguém uma vez disse:
- " trabalha como se não precisasses do dinheiro,
- ama como se nunca tivesses sido magoado,
- dança como se ninguém estivesse a ver-te,
- canta como se ninguém te estivesse a ouvir,
- vive como se a terra fosse o Paraíso ."

Se gostaste do que leste, peço-te um gesto por aquel@s que não podem ler...
… Sorri!
E sentir-te-ás mais feliz!

Sê uma ponte para o DARFUR

 

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Sem pressas


Não apresses a chuva,
ela tem o seu tempo de cair e saciar a sede da terra;
Não apresses o pôr do sol,
ele tem o seu tempo de anunciar o anoitecer até seu último raio ;
Não apresses a tua alegria,
ela tem o seu tempo para aprender com a tua tristeza;
Não apresses teu silêncio,
ele tem o seu tempo de paz após o barulho cessar,
Não apresses teu amor,
ele tem o seu tempo de semear mesmo nos solos mais áridos do teu coração;
Não apresses tua raiva,
ela tem o seu tempo para se abrir nas águas mansas da tua consciência;
Não apresses o outro,
pois ele tem o seu tempo para florescer aos olhos do Criador.


Não esqueças
Sê uma ponte para o DARFUR

 

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Taxas moderadoras


Difícil de compreender

Tenho tentado resistir. Mas já chega, tenho que escrever. Sem querer imiscuir-me em política barata parece-me importante denunciar algo que parece estar a passar despercebido, ou por manifesta fala de interesse, ou minha ignorância. Assim vai o nosso sistema de saúde.
Na portaria que regulamenta a interrupção voluntária da gravidez, não se entende "como é possível isentar de taxas moderadoras os casos de aborto não motivadas por motivos exteriores à vontade da mulher (os que estavam previstos na anterior lei) ao mesmo tempo que se carrega nas taxas moderadoras a aplicar a muitos utentes e em múltiplos actos médicos".
Não se trata de casos de força maior e exterior à vontade humana. Estamos a falar aqui de casos de interrupção voluntária da gravidez (IVG), simplesmente a pedido da mulher, “porque sim”.
Neste caso trata-se de um acto voluntário. Como pode um acto voluntário não obrigar ao pagamento de uma taxa moderadora enquanto um acto involuntário (como é o ficar doente) requer esse mesmo pagamento?
Não estou a questionar o acto da IVG, mas tão simplesmente a duvidar da justiça de tratamento, se comparado com outros aspectos da nossa saúde básica e fundamental.
Então, quem tiver um acidente, que tenha que ficar internado, não se livra da famosa taxa moderadora! Mas se quiser abortar sem condicionalismos outros que a “sua vontade”, fica isento!!!
É seguir a mesma linha da comparticipação numa “operação plástica” rejuvenescedora (???) e a não comparticipação na compra de óculos ou tratamento de dentes? A falta de visão não é uma doença? E o querer abortar sem condicionantes externas já é?
Será que o desejo de agradar a uma certa classe de pessoas, deve levar ao abandono ou exclusão de outros?
Eu não compreendo!
Se alguém compreender que me explique sff.

 

É Mesmo Genocídio


Provas de genocídio no Darfur

O canal de televisão Odisseia apresenta provas definitivas do genocídio de Darfur nos dia 24 e 25 de Junho.
Após meses de investigação, o canal Odisseia obteve as provas definitivas sobre a catastrófica situação que vivem milhares de refugiados nas zonas próximas do Sudão: torturas, assassínios, ameaças e extorsão por parte do exército sudanês que governos e organizações internacionais deixaram no esquecimento.
O canal denunciava estes factos no passado mês de Abril com o documentário "Testemunhos de Darfur" e "Darfur, provas do genocídio".
Agora, uma equipa de profissionais obteve provas audiovisuais que corroboram a veracidade desta informação: testemunhas protegidas ameaçadas de morte, vítimas destas torturas, valas comuns, etc.
O documentário de produção própria "Darfur, chamamento à consciência", foi emitido emitido no espaço Offdisseias no dia 24 de junho às 21.00h. Terá novas transmissões no dia 25 às 1.00h e 11.00h.
No documentário, além das provas recolhidas, Mohamed e a sua esposa Amida, testemunhas directas do massacre que tiveram que fugir de Darfur por ameaças de morte, oferecem o seu emocionante testemunho depois de terem testemunhado no Tribunal Internacional de Justiça.
O filme foi realizado por Julio Alonso e Iván Durán e todo o material incluído foi apresentado como provas do genocídio no Tribunal de Haia.

 

sábado, 23 de junho de 2007

Sonho no Céu


Obrigado

Sonhei que fui ao Céu. Um anjo fez-me uma visita guiada.
Entrámos numa sala de trabalho cheia de anjos. O anjo-guia parou e disse:- Esta é a ‘Recepção’. Aqui, são recebidas as orações com petições a Deus.
Olhei e vi muitos anjos a organizar os pedidos e bilhetes escritos por pessoas de todo o mundo.Seguimos até chegarmos à segunda sala. Esta é a área de ‘Embalagem e Entrega’. Aqui, as graças e bênçãos solicitadas são processadas e entregues às pessoas que as pediram, disse o Anjo.
Também ali, estavam todos muito ocupados, tal era a quantidade de bênçãos solicitadas e que deveriam ser enviadas.
Finalmente, paramos à frente de uma pequena área e, para minha surpresa, havia só um anjo sentado, desocupado, sem fazer nada.
Esta é a ‘Secção de Reconhecimento’ - disse calmamente o meu guia, um pouco embaraçado. - Mas como é isto? Não há nenhum trabalho por aqui? - perguntei.
- É tão triste! – suspirou o anjo - As pessoas recebem as bênçãos que pediram, mas poucos enviam confirmação de reconhecimento.- E como se confirma que recebemos as bênçãos de Deus? - perguntei.
- Simples, basta dizer “Obrigado Senhor” - respondeu o anjo- E quais são as bênçãos que devem ser reconhecidas? - perguntei.
- Fácil – respondeu:


- Se tens comida no prato, roupa no corpo, um tecto sobre a tua cabeça e um lugar para dormires... És mais rico do que 75% dos habitantes deste mundo.
- Se tens dinheiro no banco, na tua carteira, e algumas moedas a mais lá em casa, estás entre os 8% mais bem sucedidos do mundo!
- Se tens o teu próprio computador, és parte do 1% do mundo que tem essa oportunidade.
- Se acordaste hoje de manhã com mais saúde que doenças... és mais abençoado que os muitos que nem sequer sobreviverão a este dia.
- Se nunca experimentaste o terror de uma batalha, a solidão da prisão, a agonia da tortura, nem as dores de sofrimento da fome,... estás à frente de 700 milhões de pessoas no mundo.
- Se podes ir a uma Igreja, Mesquita ou Sinagoga, sem medo de te baterem, seres preso, torturado,... és abençoado e invejado por mais de três bilhões de pessoas, que não podem reunir-se com outros da sua fé.
- Se os teus pais estão vivos e casados, és uma raridade.
- Se podes manter a cabeça erguida e sorrir, és um raro exemplo entre tantos que estão em dúvida e em desespero.
- Ao leres este texto, és mais abençoado que dois bilhões de pessoas no mundo que não sabem ler.
O que podes fazer?
- Agradece as tuas bênçãos e, se o teu coração assim quiser, lembra a outros como são abençoados. - E já agora, pára um instante e envia ao Departamento de Reconhecimento Divino um “Obrigado Senhor!”

 

terça-feira, 19 de junho de 2007

Salvar os ossos


Antes que seja tarde

“Assalam aleikum”. Foi uma saudação apressada. Um “bom dia” de alguém com o coração apertado pela angústia. Por isso passou à frente do ritual do costume: a lengalenga de perguntas e respostas acumuladas e repetidas (sobre a vida, a saúde, a família) como fazem as pessoas desta terra, quando se cumprimentam.
Veio do frio da noite e das estradas improvisadas no deserto-savana do Darfur. Convido-o a sentar-se, mas ele não dá conta da cadeira. Fica de pé, o turbante a envolver-lhe a cabeça e o rosto, permitindo apenas que se lhe vejam os olhos que me falam de aflição mas também de muita esperança de viver. Destapou o rosto e, da sua boca, ouvi palavras de amargura.

“Não podemos aguentar mais. Já há muito que a nossa gente quer fugir desta terra maldita. As razias tornaram-se coisa normal e frequente. Em cada hora que passa há vidas que já não são. Muitas aldeias já deixaram de existir. Não poucas vezes somos obrigados a conviver com o cheiro fétido dos corpos que nem sempre podemos sepultar. Agora já não há longe nem perto: os “jaujauid” moram ao nosso lado. Violam as nossas mulheres e filhas; roubam o nosso gado. A nossa vida ou a nossa morte depende somente do bel-prazer desses malditos sanguinários”.

Que fazer? Dizer palavras de consolação? De simpatia? A melhor escolha foi o silêncio: E, daí a instantes, concluiu: “o meu nome é Macur”. Homem já bem entrado nos cinquenta. Sultão, com longa experiência de autoridade na tribo dinca. Com a posição que ocupa na sua comunidade, ele sabe que não pode chorar nem deve mostrar medo. Seria a sua derrota. Respira fundo para tomar coragem. “Se temos de fugir, que seja em direcção à nossa terra, porque nós não somos daqui e não temos nada a ver com os árabes” – diz, agora já mais calmo e sereno.

Este homem representa uma lista sem fim de seres humanos que já vêm de uma longa caminhada. A guerra e a fome no Darfur já mataram mais de 200 mil dos seus irmãos. E aos que conseguiram sobreviver, mudou-lhes a identidade. Passaram a ser deslocados ou refugiados. Mais de 2 milhões. Errantes, sem eira nem beira.
Chamar-lhe guerra é pouco. O que, desde há 4 anos, está a acontecer nesta zona do Oeste do Sudão é um verdadeiro genocídio. Registo a expressão do Macur que, me convida a olhá-lo de alto a baixo e diz, com tristeza: “pensávamos poder regressar com calma e tão somente depois de ter enchido estes ossos, mas agora está difícil salvar mesmo os ossos”!

 

sábado, 16 de junho de 2007

Um passo


Força de Paz

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou de «marco histórico», o sim do Sudão ao envio de uma força híbrida de paz da ONU e da União Africana (UA) para o Darfur.
O Sudão aceitou na terça-feira em Adis Abeba o envio de uma força híbrida de paz formada por 17 a 19 mil soldados e polícias da ONU e da UA para substituir a força de paz africana que tem sido incapaz de pôr termo à violência que consome a província ocidental sudanesa desde 2003.
O Secretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Sudão, Dr. Mutrif Sideek, explicou que a afirmação de que o governo Sudanês mudou de opinião, rejeitando a força híbrida e aceitando-a agora, é uma «inverdade». «O Governo sudanês desde o ano passado que acolheu as fases sucessivas até chegar ao estádio da operação híbrida», afirmou o Dr Sideek ontem em Khartoum numa conferência de imprensa.
O acordo assinado em Adis Abeba, entrega o comando das operações diárias à União Africana e o comando global da força híbrida às Nações Unidas. Contudo, o documento não esclarece como o comando conjunto ONU-UA vai funcionar na realidade.
O Governo de Cartum tem praticado um autêntico jogo de yo-yo sobre o estabelecimento de uma força híbrida de manutenção de paz no Darfur.
O conflito no Darfur estalou em 2003 e já matou mais de 200 mil pessoas. Mais de dois milhões de darfurianos tiveram que abandonar as suas casas.
José Vieira

 

quinta-feira, 14 de junho de 2007

AI


Vigiar o Darfur

A Amnistia Internacional (AI) lançou um convite para que qualquer pessoa possa vigiar via satélite doze populações do Darfur consideradas particularmente vulneráveis.
A organização estabeleceu uma
página web, constantemente actualizada com fotos de satélite de alta resolução (já aqui fizemos referência) de forma a apreciar possíveis agressões à população civil por parte das tropas sudanesas ou das milícias janjaweed.
A iniciativa serve também para alertar o Governo sudanês de que nenhuma das suas acções passarão despercebidas.
Calcula-se que, desde o início do conflito, em 2003, cerca de 200.000 pessoas tenham perdido a vida devido à guerra e à fome e dois milhões estejam refugiadas ou deslocadas internamente.

Sê uma ponte para o DARFUR

 

terça-feira, 12 de junho de 2007

HELP!!!


Ajudem o Darfur!

O genocídio continua no Darfur. Já se fala numa catástrofe pior do que o Ruanda. É preciso agir! No terreno temos várias organizações que tentam ser uma gota de água no meio de tanta tragédia.
Cá, em Portugal, e um pouco por todo o mundo tentamos ajudar através de campanhas que informem e sensibilizem as pessoas para o que está a acontecer a este povo.
Toda a ajuda é precisa. Em Portugal, ainda estamos no início de uma campanha que visa informar, sensibilizar e fazer com que cada um de nós possa agir em prol dos direitos do povo sudanês. Se tiver ideias ou se se quiser juntar à campanha, basta ir a
http://plataformafrica.blogspot.com.

Quando foi a campanha de Timor, no início, a maioria das pessoas não acreditava que se pudesse fazer alguma coisa. Mas fez-se. Ainda ontem, nas comemorações do 10 de Junho, o presidente timorense, Ramos Horta, agradeceu a Portugal por ter contribuído massivamente para que Timor se tornasse numa democracia.

E se fosse connosco? Não gostaríamos, de certeza, que silenciassem o nosso sofrimento.


Não esqueças
Sê uma ponte para o DARFUR

 

Apelo à Paz


Papa Pede Paz para o Darfur

O Papa Bento XVI pediu na passada sexta-feira uma solução negociada para a sanguinária região sudanesa de Darfur, ao receber as cartas credenciais do novo embaixador desse país, Ahmed Hamid Elfaki Hamid.
«Neste conflito mortal, que afecta prioritariamente as populações civis, todos sabem que nenhuma solução para chegar à paz fundada sobre a justiça pode aplicar-se com a força das armas», afirmou o Papa.
Não existe acordo quanto ao número de mortes produzidas pelo conflito. Segundo as últimas projecções considera-se o número de 200.000 vítimas, que foi também implicitamente considerada válida pela ONU, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas.
Para o Papa, a solução do conflito no Sudão passa «pela cultura do diálogo e pela negociação para alcançar uma solução política do conflito, no respeito das minorias culturais, étnicas e religiosas».
«Nunca é tarde demais para tomar com valentia as decisões necessárias e, em certas ocasiões exigentes, destinadas a acabar com uma situação de crise, com a condição de que todas as partes se envolvam sinceramente e com determinação em sua resolução e de que as declarações de princípio estejam acompanhadas por aplicações construtivas, em particular sobre as disposições humanitárias urgentes que devem ser promovidas.»
«Portanto, faço um apelo a todas as pessoas que têm responsabilidade nesta questão, para que continuem seus esforços e tomem as decisões que se impõem», concluiu o Papa.

Sê uma ponte para o DARFUR

 

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Força de Paz


Força hibrída para o Darfur

A ONU e a União Africana apresentaram aos seus respectivos conselhos de segurança um acordo para formar uma força de paz híbrida no Darfur.
O acordo propõe que se forme um contingente de cerca de 23 mil efectivos, que vão reforçar a segurança e o transporte de ajuda humanitária àquela zona problemática do oeste do Sudão.
A missão será liderada por um militar africano e as operações estarão a cargo da União Africana; o financiamento e as ordens máximas são responsabilidade ONU.
A proposta de acordo foi entregue por Ba Ki Moon, secretário-geral das Nações Unidas, ao Conselho de Segurança da ONU e pelo presidente da Comissão da União Africana, Alpha Oumar Konaré, ao Conselho de Segurança e Paz daquele organismo africano.
Este acordo deverá ser ratificado pelo Governo sudanês num encontro em Adis Abeba, a realizar a 11 e 12 de Junho, para que o regime de Cartum possa pedir clarificações. Na melhor das hipóteses, a força conjunta iniciaria a missão no início de 2008.


Sê uma ponte para o DARFUR

 

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Eyes on Darfur



Olhos no Darfur

A Amnistia Internacional (AI) vai lançar hoje um novo sítio chamado Eyes on Darfur, Olhos no darfur.
A AI vai colocar fotos tiradas por satélite a documentar as atrocidades que por lá se perpetram.
Uma iniciativa a seguir.

PS: Convido-te a visitar o sitio e deixar aqui as tuas impressões.
Aceita o desafio


 

terça-feira, 5 de junho de 2007

Genocídio?


"Há genocídio no Darfur?"

- ‘O senhor é o responsável da igreja católica de Nyala?
Ao meu sim, o representante do protocolo do governador de Nyala perguntou se estava interessado em receber a visita da delegação enviada pelas Nações Unidas. A surpresa foi grande ao ouvir que a igreja, desta vez, é parte do programa oficial.
De repente as pessoas que estavam comigo ocupadas nos preparativos da semana santa viram-se rodeados de uma dezena de pessoas, seis das quais estrangeiras. Quem eram? Qual o motivo deste encontro repentino e inesperado? E as saudações, boas-vindas e salamaleques misturaram-se, entre outras coisas, com as perguntas sobre a guerra e a segurança no Darfur.
Quem guiava a conversa era versado na arte de perguntar... e também de responder. Situação que os membros da delegação da ONU imediatamente captaram e delicadamente foram tentando remediar. Câmaras fotográficas e de vídeo eram usadas sem problemas. Tudo politicamente correcto.
Rapidamente se formou um grupo onde o Macur e eu partilhávamos sobre o tema do diálogo interreligioso. Os 6 estrangeiros ouviram, sem problemas, a tradução oficial. Graças a Deus há gestos bonitos de expressão de uma convivência de respeito e diálogo entre muçulmanos e cristãos.
Antes de terminar, queriam passar pelo interior da igreja... O Sr. Joseph K., membro da comitiva da ONU, fez-se despercebido. Num abrir e fechar de olhos, vejo-o a conversar com quem ele bem entendia. Os oficiais sudaneses, já à porta da igreja voltaram para trás e juntaram-se a nós. Admirei o seu poder de disfarce. O ambiente tornou-se um pouco pesado e um tanto mais sério. O que facilitou, não obstante, para que não se perdesse uma palavra sequer do que estava a ser dito.
- ‘Ao voltarmos ao nosso país queremos transmitir aquilo que vimos e experimentámos aqui, sobretudo no que diz respeito à segurança das pessoas’.
O interlocutor é um sudanês do sul do país. Aparenta mais de 40 anos de idade (omite-se o nome por razões de segurança), fala o inglês razoavelmente e trabalha numa Organização Humanitária. Queria comentar em jeito de resposta, mas esperou pela verdadeira pergunta, que veio logo a seguir:
- ‘É verdade que há genocídio aqui no Darfur?
As suas palavras põem em risco a sua vida e a de mais alguns.
- “Agradeço a vossa visita à igreja, se não mais para vos dizermos que não é aqui no centro da cidade que se vêem os massacres e genocídios perpetrados pelos jaunjauid, directa ou indirectamente. Assim como vossas excelências quiseram vir à igreja católica, queiram também fazer o pedido ao governador de Nyala para se deslocarem às aldeias fora da cidade. Infelizmente, lá não tereis oportunidade de ver muita gente. Em muitas delas não encontrareis mesmo ninguém. Só escombros e alguns ossos que os animais deixaram espalhados. Não será por acaso que na Internet encontrais números como 200 mil mortos e 2 milhões e meio nos campos de refugiados’.
- ‘Com estes carrões em que eles viajam põem-se lá num ai!’ – Cochichou a meu lado uma das vítimas das razias dos janjauid na aldeia de Khur el Bachar e que agora vive no campo de refugiados de Utach (por razões de segurança não revelamos o seu nome).
Uma voz soou e desta vez foi obedecida: ‘o nosso muito obrigado a todos vós por terdes recebido os nossos ilustres hóspedes. Agora é mesmo o fim. Amanhã voarão para Cartum.
Com esses carrões em que eles viajam, põem-se lá num ai’!
Mas não. Amanhã voarão para Cartum.
E depois de amanhã? Já não faço mais contas. Por minha parte, fico a rezar para que a pomba branca não perca o rumo nem se canse de voar e chegue ao seu destino:
Darfur.
Feliz mccj, Nyala, Maio 2007

 

segunda-feira, 4 de junho de 2007

JAMIC


Mais um para a missão

É mais uma iniciativa do CVJ.
Acaba de nascer o Jamic (jovens amigos missionários combonianos).
É um movimento de grupos de jovens paroquiais de espiritualidade missionária.
Quer ser um canal de partilha, intercâmbio entre grupos e uma ponte entra as paróquias e a missão. Abrir as paróquias á missão da igreja e trazer a missão às paróquias é o grande desafio lançado a todos os grupos de jovens paroquiais que queiram entrar nesta aventura.
Acabam de iniciar um blog (JAMIC) onde, com o tempo, procuram informar, sensibilizar, explicar e comunicar tudo o que o movimento realizará e viverá.

Convido-vos desde já a dar uma volta no blog, a divulgar e… a fazer parte deste movimento.

Para mais informações aqui.

Blog JAMIC

 

sexta-feira, 1 de junho de 2007

CELAM e Caribe


Apresentar Jesus
transformar a sociedade

Mensagem da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida, destaca prioridades da Igreja para os próximos ano. Extratos:

Assumimos o desafio de trabalhar para dar um novo impulso e vigor à nossa missão. Renovamos a nossa fé, proclamando com alegria: Jesus é o caminho que nos permite descobrir a verdade e alcançar a plena realização de nossa vida!
A nossa maior alegria é ser seus discípulos! Ele chama cada um de nós pelo próprio nome, para conviver com Ele e enviar-nos a continuar a sua missão (cf. Mc 3, 14-15). Identificados com o Mestre, a nossa vida é movida pelo impulso do amor e no serviço aos demais. Este amor implica uma contínua opção para seguir as Bem-aventuranças.
Ser discípulos-missionários exige de nós uma decisão clara por Jesus, coerência entre a fé e a vida, ser sinal de contradição num mundo que desfigura os valores que dignificam o ser humano. Continuaremos a exercer a nossa tarefa profética levantando a nossa voz especialmente a favor dos excluídos da sociedade.
Todos somos chamados a ser discípulos e missionários, a ser Igreja de braços abertos, que sabe acolher e valorizar cada um dos seus membros. Por isso, no nosso serviço pastoral, façamos que todos, ao serem valorizados, se possam sentir na Igreja como em sua própria casa.
Queremos ser uma Igreja que aprende a rezar e ensina a rezar. Uma oração que nasce da vida e do coração e é ponto de partida de celebrações vivas e participativas que animam e alimentam a fé. Que ninguém fique de braços cruzados.
Ser missionário é ser anunciador de Jesus Cristo com criatividade e audácia em todos os lugares onde o Evangelho não foi suficientemente anunciado ou acolhido, especialmente nos ambientes difíceis e esquecidos e além de nossas fronteiras. Sejamos missionários do Evangelho não só com a palavra, mas principalmente com a nossa própria vida, entregando-a no serviço. Promovamos o diálogo com os diversos actores sociais e religiosos. Sejamos integradores de forças na construção de um mundo mais justo, reconciliado e solidário.
Reafirmamos a nossa opção preferencial e evangélica pelos pobres. Comprometemo-nos a defender os mais fracos, especialmente as crianças, os doentes, os incapacitados, os jovens em situações de risco, os idosos, os presos, os migrantes.
Convocamos todas as forças vivas da sociedade para cuidar da nossa casa comum, a Terra, ameaçada de destruição. Queremos favorecer um desenvolvimento humano e sustentável, baseado na justa distribuição das riquezas e na comunhão dos bens entre todos os povos. Queremos abraçar todo o continente para lhe transmitir o amor de Deus e o nosso. Desejamos que este abraço alcance também o mundo inteiro.

Mensagem completa aqui

Não esqueças
Sê uma ponte para o DARFUR