JOVENS & MISSÃO

Somos jovens! Somos Cristãos! Somos Missionários! Queremos ter sempre o coração e o espírito jovens, abertos e disponíveis ao mundo, à humanidade, à Missão, a Cristo. Procuramos viver na alegria, na esperança, no compromisso, no serviço. Só assim se "vive ressuscitado" com Cristo.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Retiro 2


Instantâneos

Deste retiro recebi dúvidas, questões, confusões, caminhos, oportunidades!!! Vela a piscar e a baloiçar, mas mais forte. Marta Marinho

Os momentos de oração e celebração foram intensamente vividos e sentidos, as dinâmicas transpunham-nos para o nosso íntimo, para a nossa vida, para o nosso ser… Rute Alves

No campo pessoal deu-me algumas certezas, mas trouxe também muitas dúvidas, isto é, a vontade de partir mantém-se e aumenta a cada dia que passa, mas em que estatuto o fazer, foi uma certeza que se tornou neste retiro numa grande dúvida. Joana Silva

Eu gostei muito do retiro, foi giro, foi um tempo de reflexão para me encontrar a mim própria, ou pelo menos tentar. Espero voltar e, desta vez, com um pouco mais de fé. Andreia Ferreira

Este retiro foi uma pausa. Parar é sempre bom. Após a corrida quotidiana para a escola e as preocupações em estudo e testes, e noutras coisas, esquecemo-nos do mais importante: de Deus, de mim, do essencial da vida. E é esta oportunidade que o retiro me deu: de parar! E de pensar o que realmente é importante na vida. Liliana Maia

O silêncio foi agradável. Por vezes dava a sensação que estava sozinha, o que favorecia na minha reflexão pessoal, dando a sensação de ter o tempo todo para mim. Deste retiro recebi a informação para uma caminhada melhor da vida. Mónica Silva

No fim todos estavam animados. Significa que o retiro foi bom e produtivo. Gostei de todo o retiro, todo mesmo. O pessoal é fixe. Nuno Cruz

Fez-me bem encontrar-me com Deus, poder falar com ele sobre os nossos problemas. O silêncio fez-nos estar mais próximos de Deus, pensar nos nossos erros, no que realmente é importante. Do retiro recebi uma fé muito grande, passei a acreditar mais em Deus. Foi uma experiência incrível. Conheci pessoas novas, muito interessantes. Mariana

O silêncio que se escutava na casa era bastante agradável. Escutar o silêncio é algo formidável, pois ajuda-nos a concentrar-nos, as únicas coisas que ouvíamos eram os animais e o vento. Tudo para mim foi especial, foi mais uma grande experiência da minha vida. Fábio Oliveira

Foi bom o tema pois pudemos pensar na nossa história. Sentirmo-nos chamados e sentir esta chama que temos que trabalhar para dar luz para nós e todos. Do retiro recebi esta tranquilidade de coração que tanto necessitava para a minha decisão vocacional. Consegui colocar-me nos braços de Deus e dizer: “eis-me aqui!” Foi bom e importante parar e abandonar-me nos braços de Deus. Diogo Filipe

Outras reflexões em Fé e Missão e Deus em tudo e sempre

 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Repetir


Senti-me em casa

Eu amei. Foi uma experiência única. Nunca mais me esquecerei deste retiro.
A paz, o amor, a tranquilidade, a compaixão, a entreajuda de todos, foi muito agradável e deu para nos sentirmos como se estivéssemos na nossa casa. Eu senti-me em casa. Senti-me muito bem mesmo. Gostei dos temas. Tinham tudo a ver com o que me trouxe aqui. O silêncio serviu para me concentrar, para interiorizar o que os temas retratavam.
Recebi a paz, recebi acima de tudo a força para lutar, contra algo que, em momentos nem sei bem o que se trata.
Gostei de tudo e penso muito sinceramente em repetir.
Tânia Ferreira

 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Retiro


Pequena oração

Este mês, o habitual encontro do grupo Fé e Missão é diferente; é um retiro. Um fim fim-de-semana de retiro aberto também a outros jovens. Formamos dois grupos, para facilitar a dinâmica: um grupo na Maia e outro em Santarém.
Um retiro é um momento diferente dos outros. A diferença dos outros dias começa logo no coração de cada um, na disponibilidade interior para viver um tempo marcado pela gratuidade.
É também um momento especial de graça, e é acima de tudo um tempo para cada participante se encontrar a sós com Cristo.
Quantas vezes gostaríamos de ter mais tempo para parar, escutar, olhar… como Jesus, para nós e para os outros! Eis um tempo propício para essa Pausa.
Guardar silêncio para escutar;
parar para descansar e recuperar energias;
abrir-se para se deixar inundar do amor gratuito de Deus;
retirar-se para se abandonar nas mãos do pai; …
eis alguns dos sentimentos e atitudes que cada um pode viver neste fim-de-semana.

A ti que passas por este cantinho, peço-te uma “pequena” oração por nós. Nós também rezaremos por ti.

 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Oração


Obrigado

Senhor, obrigado por mais um encontro, por mais uma experiência, obrigado pela tua presença.
O tempo passa a correr e cedo se aproxima a hora de responder ao teu chamamento…
Só Tu, Senhor, conheces os meus desejos, só Tu conheces os meus receios.
Só Tu, Senhor, conheces-me como sou.
Hoje sinto-me preparado a dizer-te sim… Sei que o compromisso nunca será fácil… mas também sei que Tu jamais me abandonarás.
Dou-te graças Senhor pelo que estou a sentir, pela coragem que me tens dado, assim como a alegria que me ofereces cada vez que me convidas a fazer algo.
Neste momento recordo a minha família de quem também Te dou graças, pois tem sido para mim alicerce da obra que contigo vou construindo ao longo da minha vida.
Obrigado Senhor.
Perdoa-me se nem sempre faço as coisas como Tu me pedes…
Senhor, tu me conheces.
Sabes o que sou, como sou, o que tenho para dar, o que me custa partilhar, os meus medos e receios, os meus desejos e convicções…
Ajuda-me a ser próximo, samaritano para aquele que me estende a mão.
Dá-me a alegria de ser útil. Não afastes de mim a angústia da miséria universal.

 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Via Verde


Cultura do dar

Esta é o texto do cântico base do encontro Via Verde, "consumir com consciência", em Coimbra. Ele resume o que procurámos viver com as actividades realizadas. Consumir conscientemente é optar pelo essencial, pela partilha e solidariedade, pela abertura aos que não têm o essencial para viver.

Tudo o que eu tenho é teu
Nada é só de alguém
Tudo o que tens é meu
E é tudo teu também

O meu dinheiro é teu
Sinto alegria em dar
O teu sorriso é meu
Sê livre e dá p’ra amar

Dá e tudo terás
O que tens não é só teu

Riqueza é ter p’ra dar
Riqueza é dar p’ra ter
Fortuna é o amor
Faz rico o teu viver

Olha o que não tens
O criador te dá
Partilha o que é demais
Mais ainda ele te dará

 

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Consumir


Via Verde

Cá vamos nós.
Um grupo de jovens do Luso, um grupo de Fermentelos, outro da Lousã, outro de Chão de Couce, mais um de tábua e outro de Penude - Lamego.
São mais de 40 jovens que querem participar na aventura de um dia com a Missão, hoje, domingo. "Consumir com consciência" é o tema, Porque "tudo posso, mas nem tudo me é devido" (S. paulo).

 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Força


Confiança em Deus

As obras sonhadas e realizadas por Daniel Comboni em favor dos afri­canos, sobretudo dos escravos, impressionam quem estudar a sua vida no dificílimo contexto histórico em que ele agiu.
Não faltam autores que o apresentam como um homem excepcional, atribuindo à sua inte­ligência, vontade e coragem o êxito da sua obra apostólica.
Mas a verdadeira causa do seu êxito está, sem dúvida, escon­dida aos olhos dos que se fixam apenas nas forças humanas. O segredo na sua inesgotável força reside na sua ilimitada confiança em Deus.

“A nossa vida está nas mãos de Deus: que Ele faça o que quiser; nós já lha oferecemos como dom irrevogável. Bendito seja Deus!... Abandono-me nos braços da Providência, que me guiará pelos seus admiráveis caminhos. Os grandes prémios e triunfos só se podem alcançar através dos grandes trabalhos e padecimentos. Não nos deve desanimar a grande­za nem a dificuldade da luta. Tudo acontece por admirável disposição de Deus ; amemo-Lo, pois, de todo o coração e que toda a nossa confiança esteja n'Ele.
Deus deu-me uma confiança ilimitada n'Ele, de modo que não abandonarei esta empresa por ne­nhum motivo. Há que experimentar todos os caminhos e enfrentar todos os sa­crifícios, confiando n'Aquele que tudo vê e tudo pode, que ama to­dos os homens e todos quer salvar”.

 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Mudo


Ficar na rua

Chama-se Fátima, mora em Coimbra. Telefonou-me se podia falar comigo, ainda hoje se possível. Tudo bem. Estou em casa a preparar o fim-de-semana e a semana seguinte que se anunciam bem preenchidos.
Chegou com a filha, vieram de autocarro.
“Éramos uma família feliz com 4 filhos, mas há 5 anos, o meu marido e 3 dos filhos abandonaram-me; só ficou esta para me suportar”. Teve uma depressão, a filha está no desemprego há dois anos e meio. O dinheiro não dá para pagar a renda, e vão ter que deixar o apartamento. Conseguiu retardar o despejo algum tempo, mas não tem para onde ir.
Pediu um favor, um simples favor, “poder guardar aqui o recheio de sua casa” na esperança de que quando agora voltasse, ainda encontrasse tudo em casa e não no meio da rua.
O que dizer? O que fazer? Como resolver a situação? Ficar na rua? Onde encontrar uma casa?
Fiquei mudo ao ouvir o relato, carregado de angústia. Angústia sim, e ao mesmo tempo um pouco de dignidade.
No fim, levei-as a casa. Mas sentia no ar um certo cansaço e desânimo.

 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Via Verde


Consumir com consciência

É este o tema do próximo VV (Via Verde). VV é um encontro geral de jovens da zona de Coimbra, para um dia de contacto com a realidade da missão.
É já no próximo domingo, 18 de Fevereiro. Consumismo individual e social, pobreza, aparências de vida, a moda, o preço, a qualidade, a justiça, … O tema pode levar-nos longe. Nós queremos simplesmente ajudar a tomar-mos consciência do nosso modo, estilo e nível de vida. O que e quanto comemos, bebemos, vestimos, habitamos, … as nossas prioridades, as opções de vida. O equilíbrio salário – preços. Tudo isto, claro, em contraponto com outras realidades diferentes, seja no nosso país como noutros países. Que consumir? Como? Que escolher? Que prioridades?
O consumismo desenfreado será compatível com a solidariedade e a dignidade humana?
Que lugar tem a palavra de Deus, a fé nesta reflexão, na vida?
E os outros, como são vistos neste sistema?
Há quem caminhe contra a corrente? Como?
São alguns tópicos a vivermos durante o dia.
Junta-te a nós e vive um dia diferente.

 

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Comboni


Salvar a África com a África

Já aqui apresentei o trabalho sobre Comboni da Raquel Ferreira, estudante no 9º ano em Aveiro, que fez integrado na disciplina de EMRC. Hoje deixo mais uma página, a página sobre o plano de Comboni. De uma beleza rara e sintetização fantástica, em meia dúzia de palavras ela resume magnificamente o pensamento de Comboni. Serve de meditação para o fim de semana.

“Uma data importante para Comboni foi o dia 15 de Setembro de 1864. durante a preparação da beatificação de Margarida Maria Alacoque, enquanto Comboni rezava no túmulo de S. Pedro em Roma, teve a inspiração do seu ‘plano para a regeneração da África’. Escreveu-o em 3 dias e apresentou-o ao Prefeito da Propaganmda Fide, o cardeal Alessandro Barnabó.
Encorajado pelo mesmo Cardeal, Comboni iniciou uma viagem de animação missionária pela Europa.
Os princípios sobre os quais se articulava o ‘plano’ de Comboni eram:
A evangelização da África é da responsabilidade sobretudo dos Africanos;
Chamar a atenção de toda a Igreja para a sua responsabilidade de promover a evangelização da África, com a colaboração de todas as forças missionárias masculinas, femininas, religiosas e leigas;
Fazer caminhar juntas a evangelização e a promoção humana;
Toda a actividade missionária deve ser orientada para a criação e construção de comunidades cristãs estáveis.”

Estas palavras são de uma actualidade estonteante. No fundo a evangelização hoje assenta sobre esta visão profética de Comboni.
Obrigado Raquel

 

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Chama


Ser Feliz é uma opção

"Hoje é mais um daqueles dias em que acordamos de manhã e o que mais queremos é "mandar o mundo às urtigas"…
Mais um daqueles dias que tenho em mim uma vontade louca de escrever …
Mais um daqueles dias, como tantos outros, em que se olha a volta e nada faz sentido. No entanto, é também um daqueles dias que sabemos não poder desperdiçar;... Mais um daqueles dias em que uma estranha vontade de lutar se apodera de nós...
Mais um daqueles dias em que o nosso desejo de mudar é mais forte que o desejo de continuar assim! Contudo, há sempre algo que falha e insiste em nos querer "deitar abaixo". Então nós pegamos num livro... Num livro qualquer... para, pensamos nós, passar o tempo... ocupar o pensamento.
Li. Estive um bom par de horas a ler. Cansei-me. Mas não posso negar que algo mudou em mim!
Sorri. Sorri na altura tal como sorrio agora ao escrever isto. Sei que fui parva ao pensar que nada fazia sentido! Faz. Tudo faz sentido! Se nós quisermos... tudo fará sentido!
Sorrio de novo. Aquele livro … Hum … Abençoado seja quem mo deu … pois é uma pessoa demasiado especial na minha vida! Obrigado!
Acredito no livro … Quero acreditar … Preciso de acreditar! Sim... Eu sei que posso pegar em todas aquelas coisas e fazer delas um fantoche … Rir delas.
Eu sei que posso ser feliz. Eu sei que posso passar esta "CHAMA" da felicidade a outros! Eu acredito! Eu tenho Fé! Pois ter Fé é acreditar sem ver! É ter …
É SER CHAMA! E ser CHAMA é olhar o mundo... ver o que está mal e querer mudar! É olhar o outro como um irmão! É sentir em nós uma vontade de ir mais além … de avançar … de remar contra a maré!
É olhar a vida com alegria! É deixarmo-nos guiar. É caminhar. É lutar. É querer. É poder. É vencer. É aceitar a derrota. É estar disponível. É sermos nós próprios … sem medos nem receios!Ser feliz é … apenas uma opção! Tudo depende de nós! Do nosso desejo … do nosso interior! Eu quero … E vou ser feliz!"
Karina

 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Carta aberta a Santa Bakhita



A Igreja celebra hoje, 8 de Fevereiro, a memória de Santa Josefina Bakhita (Darfur - Sudão, 1869; Schio - Itália, 1947). Um missionário comboniano a trabalhar no Darfur escreveu-lhe.


Querida amiga Bakhita,
Aqui estou, de novo. Sinto-me bem a falar contigo. É maravilhoso sentir a tua presença quando me sinto só. Às vezes estou como que encurralado no tão pequeno raio de acção que me é permitido. Excepto quando vou a Bileil, a 14 quilómetros, celebrar a eucaristia para os refugiados. E ainda assim, tudo depende do humor dos soldados de turno nos três pontos de controlo que encontramos no caminho.
Quando penso em ti, há outra pessoa que se faz, naturalmente, bem-vinda, porque é de casa. Refiro-me a Daniel Comboni. Será mesmo que não te tenhas encontrado com ele nas tuas aventuras de escrava aqui no Darfur, Cordofão ou mesmo em Cartum? Creio não ser absurdo pensar que ele só não te arrancou da escravidão por mera casualidade. Sabes que Daniel Comboni sempre lutou pelo direito natural da liberdade do ser humano. Ele sabia do tratado da abolição da escravatura em 1856. Mas na Africa Central – dizia com tristeza – tinha ficado só no papel. Por isso, o comprar escravos para os libertar ficou a ser parte da sua missão. Coisa que ele fez, sobretudo nas terras do Cordofão, por onde tu, Bakhita caminhaste com pés de sangue pelos espinhos da savana ou pedregulhos e areias nuas do deserto.
De todos os modos, vós os dois, agora, sois os santos protectores do Sudão. Mas parece que não vos preocupais nada com a situação do vosso país e desta nossa Igreja que tanto sofre. Não, não digo que a prioridade seja que se convertam ao Cristianismo. Mas porquê esta guerra com tantos mortos e refugiados? Que fazes ai regalada e feliz no Paraíso, sem te preocupares pela tua gente do Darfur? Não tens vergonha? De que estás à espera?
Querida amiga Bakhita, está a chegar o dia 8, a tua festa litúrgica. A tua tribo daju – já me vieram dizer – também vai estar bem representada aqui na grande celebração. São muçulmanos… Mas a igreja não fecha as portas a quem vem festejar com respeito, paz e alegria. Vês como todos – maometanos e cristãos – te querem bem? Mas, muito certamente, esperam algo de ti: que sejas a sua intercessora junto de Deus. São interesseiros? Deixa que o sejam, desta vez. Não posso admitir que deixes morrer tantos amigos teus conterrâneos do Darfur! A tua querida aldeia também já foi evacuada! São muitos os daju que tiveram que fugir e encontrar abrigo no campo de refugiados de Dreige, mesmo pertinho de Algoznei.
Porquê? Mistério do Deus em quem, firmemente, creio! Sou uma simples criatura e não me arrogo a saber os segredos do Altíssimo! Mas tu e Comboni, aí bem junto do Deus três vezes Santo, podereis saber tudo. Eu, por mim, posso adivinhar a resposta. Sei, como teologia certa, que ninguém pode culpar Deus pelos males deste mundo. Quem pensa diferentemente é adepto da teologia barata do egoísmo que, infelizmente, reina em muitas cabeças que se prezam de bem pensantes. A culpa das guerras e de outros males paralelos, não haja dúvida, é só nossa, dos interesses políticos e mesquinhos dos humanos. Mas, mais verdade ainda – e deixa que o diga em voz alta – é que Deus não pode senão amar os seus filhos e filhas. «Deus é amor» é uma verdade que nunca poderá mudar. Ou Deus deixa de ser Deus!
Bakhita, sei que nos queres bem. Quem sou eu para dar lições aos santos protectores do Sudão? Perdão, mas eu insisto: o favor e a graça que queremos peças ao «Patrã»” – como tu O chamavas – é urgente. O teu Darfur precisa desse milagre!
Feliz da Costa Martins
Missionário no Darfur

 

Dos pais


As crianças aprendem o que vivem

Se as crianças vivem com críticas, aprendem a condenar.
Se as crianças vivem com hostilidade, aprendem a ser agressivas.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser apreensivas.
Se as crianças vivem com pena, aprendem a sentir pena de si próprias.
Se as crianças vivem com o ridículo, aprendem a ser tímidas.
Se as crianças vivem com inveja, aprendem a ser invejosas.
Se as crianças vivem com vergonha, aprendem a sentir-se culpadas.
Se as crianças vivem com encorajamento, aprendem a ser confiantes.
Se as crianças vivem com tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se as crianças vivem com elogios, aprendem a apreciar.
Se as crianças vivem com aceitação, aprendem a amar.
Se as crianças vivem com aprovação, aprendem a gostar de si próprias.
Se as crianças vivem com reconhecimento, aprendem que é bom ter um objectivo.
Se as crianças vivem com partilha, aprendem a ser generosas.
Se as crianças vivem com honestidade, aprendem a ser verdadeiras.
Se as crianças vivem com justiça, aprendem a ser justas.
Se as crianças vivem com amabilidade e consideração, aprendem a o que é o respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a confiar em si próprias e naqueles que as rodeiam.
Se as crianças vivem com amizade, aprendem a que o mundo é um lugar bom para se viver.

(de Dorothy Nolte)

 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Cada vez pior

Do que eu escapei!

“Confesso: não estou nada optimista quanto ao referendo sobre a IVG. Não acredito neste povo inculto, analfabeto e hipócrita. Não confio nos portugueses; acho-os demissionistas, conformados, pior, mesquinhos e ignorantes”.
André Carapinha, apoiante do sim, sobre o que pode correr mal
Fonte: Assim Não

Não me interessa que o Sr. Carapinha vote sim ou não. Nem lhe quero responder porque me parece que não merece. Mas dois pequenos comentários coisas me ocorrem:

O primeiro é um obrigado ao Sr. Carapinha por me ajudar a descobrir a minha identidade. Posso dizer como o velho Simeão no templo de Jerusalém: agora Senhor, podeis deixar partir o vosso servo em paz, pois … descobri quem sou, a que povo pertenço, em que terra vivo, a raça de onde surgi. Caramba! E foi preciso aparecer este Sr. para que, não só eu, mas dez milhões de Portugueses se conhecessem tal como são!? Parabéns!!!
Segundo: Sr. Carapinha, no seu B.I. que nacionalidade tem? Não!.. É só para saber se por acaso também pertence à nossa raça dos “demissionistas, conformados, pior, mesquinhos e ignorantes”, para ter a certeza que não faz parte do mesmo povo “inculto, analfabeto e hipócrita”. Se calhar não deve andar lá muito longe, não é?
Bem-vindo ao clube, irmão!

Ah! Já agora, porque não acrescentar estúpidos, burros, parvos, sujos, molengões, bestas, … Puxa! Do que eu me escapei por obra e graça do Sr. Carapinha.
Todos os dias aprendemos algo. Hoje pelo menos aprendemos que o Sr. Carapinha é “inculto, analfabeto, hipócrita, demissionista, conformado, mesquinho e ignorante”.
Uma coisa lhe garanto Sr. (que certamente nunca lerá estas linhas!), nada do que o Sr. é me faz feliz. E creio que a si também não!

Tenha um bom dia.

 

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Mãos dadas


Não podes ser feliz sozinho

"Neste encontro Fé e Missão o tema era "DAR AS MÃOS". Propuseram-nos como catequese a parábola do Bom Samaritano e como actividade apostólica o peditório para a APARF (Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau).
Tal como na parábola, também durante o peditório muitos foram aqueles que passaram para o outro lado da rua, fingiram estar ao telemóvel, disseram que estavam com pressa para não ouvirem os pedidos que tínhamos para lhes fazer. Indo ao encontro das palavras de Raoul Follereau que nos diz "ninguém pode ser feliz sozinho" continuámos na rua para conseguir apoios a favor da luta contra a lepra em África.
Muitas e variadas foram as respostas que ouvimos, como por exemplo: "E quem me ajuda a mim?".
Lá conseguimos convencer algumas pessoas a partilhar o pouco que têm.
A todos os que nos ajudaram, muito obrigado, e lembrem-se que "Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos" Jo 15, 13

Cecília Joana

 

Boa sorte


A força da caridade

Sexta feira, por volta das 20h e 20 minutos. Lá estava eu à espera um pouco chateado pois havia perdido o comboio das 19h e 45 m. Estava um ambiente normal de comboio de fim-de-semana.
De repente entra uma jovem, com aspecto de mendiga, roupa suja, gorro, casaco que devia ser dado pois era uns números acima. Chega à parte da frente da carruagem onde estava, agarra-se ao varão que lá está e dirige-se a todos os presentes:

- Sou uma jovem… – ao ouvir isto pensei para mim – "Ui, vamos ter animação de rua no comboio!?" – foi um pensamento instantâneo que me ocorreu até ouvir a palavra que continuava a frase da jovem – … seropositiva não tenho onde dormir, não tenho pai nem mãe para pedir ajuda por isso estou aqui hoje a pedir, porque prefiro pedir a roubar".
Um jovem trabalhador todo engravatado, passa e dá-lhe um "bounty" (chocolate com coco por dentro, muito bom: D). Ela interrompe o seu discurso, agradece ao jovem e prossegue avançando imediatamente para mim. Não resisti a ajudar esta jovem sem abrigo, só tinha dinheiro, por isso foi o que lhe dei. Ela ao receber a moeda ainda diz alto e a bom som: "Eu aceito tudo, as pessoas pensam que eu só quero dinheiro, mas não, eu aceito tudo o que me derem".

Foi marcante. Nunca vi tanta gente dar esmola a um pedinte, ver os grupos dos amigos a reunir entre eles para dar uma boa quantia à jovem. Esta, ao sair, agradece a todas as pessoas que a ajudaram e deseja, e isto foi o que me mais marcou e fez reflectir sobre este acontecimento, felicidades a todos. Um grupo de 3 meninas que estava atrás de mim, enquanto a jovem passava desejaram-lhe boa sorte também. A jovem ficou feliz e com um grande sorriso deseja às meninas outra vez felicidades.
Com esta animação toda a jovem já não ouviu o meu “boa sorte”.

Nuno Cruz

 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Samaritano

De quem és tu próximo?

Mais um encontro… mais um sorriso… mais um olhar…
Assim definiria o último fim-de-semana e encontro do grupo Fé e Missão. De novo numa atitude de procura nos juntamos num tempo de reflexão, trabalho e oração.
O nosso olhar ficou "preso" na tão famosa e conhecida parábola do Bom Samaritano. De facto conhecida por quase todos, cristãos e não cristãos, mas praticada por muito poucos… Cristo revela-nos nesta passagem a essência da bondade humana, o homem que vê Deus naquele que a seu lado clama por auxilio. Muitas foram as vezes que ouvi e reli esta passagem, mas nunca como neste fim-de-semana a senti tão próxima e verdadeira.
Queria saber e sentir-me o bom samaritano, desejava repelir "esses" que não o são por vontade ou indiferença…mas "esses" sou eu… "Esses" somos todos nós, que todos os dias somos incapazes de quebrar as nossas próprias regras e deixar espaço à providência divina, a que o plano de Deus trabalhe na nossa existência. Estabelecemos metas e objectivos que tentamos atingir a todo custo, nem que para tal seja necessário "apoiarmo-nos" nos outros…. Delineamos trajectórias que a curto, médio ou longo prazo tentamos concretizar…e se Deus nos aparece no caminho, seja sob a forma de um "meio morto", seja sob qualquer outra forma, somos incapazes de O ouvir, de atender ao seu convite.

O próximo é todo aquele que me desafia a dar de mim, a despender do meu tempo, dos meus projectos, dos meus objectivos em favor de um bem comum, de um projecto de salvação, meu e do "próximo". O levita foi incapaz de "transgredir" as suas regras, os seus projectos, e passou adiante. Ele conhecia a lei, respeitou os seus preceitos, mas não respeitou o projecto de Deus, não se associou à vida plena de encontro ao irmão.
Leonel Azevedo