Dois Bravos
A declaração “Dignitatis Humanae”, sobre a liberdade religiosa, embora de parto difícil – dada a forma negativa como tinha sido encarada durante séculos -, foi um acontecimento profético, uma bênção para apropria Igreja. Fê-la compreender que não pode ser livre se não lutar pela liberdade de todos. Uma instituição religiosa que não respeita e valoriza, de forma crítica, a religião dos outros, desqualifica-se precisamente enquanto religião. Quando, pelo contrário, vai até ao ponto de reconhecer e respeitar as minorias – religiosas ou não -, confessa uma divindade que não faz acepção de pessoas ou de grupos porque já se curou da vontade de poder, do desejo de dominar.
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Mesmo depois da catástrofe interminável da invasão do Iraque, pelas tropas Anglo-americanas, a coberto de uma grande mentira e da vontade de dominar, continua a defender-se a invasão do irão, facilitada pela retórica dos seus dirigentes em relação á bomba atómica. A verdade é que esta nunca esteve em boas mãos e não deve ser tolerada em nenhum país. Enquanto for o privilégio de alguns, será sempre a cobiça de outros. O Conselho Ecuménico das Igrejas, num comunicado de 28 de Setembro, fez muito bem e recusar a regulação pela força, de uma crise relativa ao programa nuclear do irão.
Frei Bento Domingues em Público de 25.11.2007
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