Chamamento
Durante a pregação na Galileia, na vida pública, Jesus escolheu os discípulos como seus directos colaboradores no ministério messiânico.
Por exemplo, na multiplicação dos pães, quando disse aos Apóstolos: “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16), animando-os assim, a assumir o peso das necessidades das multidões, às quais queria oferecer o alimento para saciar-lhes a fome, mas também revelar o alimento “que dura para a vida eterna” (Jo 6,27). Movia-se de compaixão pelo povo, porque, ao percorrer cidades e aldeias, via multidões cansadas e abatidas, “como ovelhas sem pastor” (cf Mt 9,36). Do seu olhar de amor brotava o convite aos discípulos: “Pedí ao Senhor da messe, que mande operários para sua messe” (Mt 9,38), enviando antes os Doze, com precisas instruções, “às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Se nos detemos a meditar esta página do Evangelho de Mateus, conhecida como “discurso missionário”, observamos todos aqueles aspectos que caracterizam a actividade missionária de uma comunidade cristã, que deseja ser fiel ao exemplo e ao ensinamento de Jesus. Corresponder ao chamado do Senhor supõe enfrentar cada perigo com prudência e simplicidade, e inclusive as perseguições, pois “um discípulo não é mais que seu mestre, nem um servo mais que o seu patrão” (Mt 10,24). Feitos uma coisa só com o Mestre, os discípulos não ficam sós para anunciar o Reino dos Céus, mas é o mesmo Jesus que age neles: “Quem vos acolhe, a mim acolhe; e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou” (Mt 10, 40). Além disso, como verdadeiras testemunhas, “revestidos da força do alto” (Lc 24,49), estes pregam “a conversão e o perdão dos pecados” (Lc 24,47) a todos os povos.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home