JOVENS & MISSÃO

Somos jovens! Somos Cristãos! Somos Missionários! Queremos ter sempre o coração e o espírito jovens, abertos e disponíveis ao mundo, à humanidade, à Missão, a Cristo. Procuramos viver na alegria, na esperança, no compromisso, no serviço. Só assim se "vive ressuscitado" com Cristo.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Espiritualidade de comunhão


Acima de todas as teorias

É o amor de Deus difundido em nossos corações, por meio do Espírito, que está na origem da comunidade. A comunidade existe para revelar ao mundo o modo de ser de Deus. Ela é sacramento, sinal de Deus comunhão.
É a comunidade que ensina o primado do amor, a gratuidade do perdão, o acolhi­mento do diferente, a partilha de bens, a solidariedade para com o pobre, a oração de mãos dadas, o modo de viver das bem-aventuranças, os valores do Reino. A comunidade é a porta por onde passa a missão, a primeira mesa da palavra.
Numerosas respostas dos missionários sublinham o carácter profético das equipas internacionais, hoje cada vez mais fre­quentes nos institutos missionários. Elas são o primeiro livro onde a missão se escreve. A vida fraterna de uma comuni­dade não é simples solidariedade num projecto comum, mas fruto do Espírito que nos leva a morrer cada dia para que o nosso irmão viva e cresça.
O que ela promove e faz crescer não é prima­riamente uma obra, mas a pessoa. Por isso a prioridade de uma comunidade não é a eficiência mas a fraternidade. É um modo de viver em que as pes­soas se sentem reconhecidas, não tanto pelo que fazem mas pelo que são. É a gratuidade dessa atitude que anuncia o Reino. É essa a maneira de ser de Deus. A comunidade internacional pelo que ela exige como abertura aos diferentes e respeito pela diversidade cultural, emerge cada vez mais como o modelo de comunidade mais consentânea com a missão do nosso tempo.
Uma comunidade de monjas dominicanas, no norte do Burundi: Tutsis e Hutus vivendo e rezando juntos, em paz num país onde as duas etnias se gladiam. O seu mosteiro cercado de verdura, no meio de campos queimados e devas­tados pela guerra - é um sinal de que Deus é capaz de fazer que morte não seja a última palavra. Não há teorias para explicar esta atitude. A espiritualidade situa-se acima de todas as teorias.