Kénya - Chade

N'Djamena, cidade morta, depois dos combates

Sinais de esperança

O antigo secretário-geral da ONU, Kofi Anan lançou hoje uma chama de esperança para uma solução ao conflito no Kénya. “Chegámos a um acordo sobre o facto de que uma solução política é necessária” declarou depois de um encontro de uma hora com o presidente reeleito Mwai Kibaki e o seu rival da oposição Raila Odinga.
Pode não ser muito, como pode ser o primeiro passo para a paz e uma solução pacífica. Desde as eleições a 27 de Dezembro passado que os confrontos politico-éticos fizeram um milhar de mortos e mais de 300.000 deslocados. Os dois campos estão de acordo que o prioritário agora é socorrer os deslocados e continuar o diálogo.
Conhecer mais em www.deus-amor.blogspot.

Enquanto isso no Chade continua-se sem saber do paradeiro dos rebeldes. Os combates de fim-de-semana na capital fizeram pelo menos 160 mortos e mais de 35.000 refugiados nos Camarões.
Fontes governamentais afirmam que os rebeldes estão em debandada na zona de Bitkine a 400Km da capital, enquanto os rebeldes contestam esta versão e prometem voltar. De momento reorganizam-se e recebem apoio.
Na capital, ninguém sabe do destino dos dirigentes políticos presos durante o conflito. É o caso do antigo chefe de estado Lol Mahamat Choua, de Ibni Oumar Mahamat Saleh, dirigente da principal aliança da oposição, de Ngarlejy Yorongar, um radical da oposição, e do general Wadel Abdelkader Kamougué, presidente a URD. O presidente Idris Déby afirmou, na quarta feira passada não estar ao corrente destas prisões, enquanto o primeiro ministro assegurava que eles tinham sido presos por homens armados mas sem saber quem são.
Neste cenário, a organização amnistia internacional já manifestou o seu receio que « as autoridades Chadianas comecem uma gigantesca caça às bruxas”, que incluiria também os jornalistas.
A calma reinante na capital permite já o regresso dos que tinham fugido. Muitos encontram agora as suas casas destruídas ou completamente vazias de tudo. Mas “já é bom não haver combates”.