Com Cristo...

... Rasga horizontes ao amor

«Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele» (1 Jo 4, 16).

A palavra «amor» abarca, um vasto campo semântico e uma ampla gama de significados.
«Eros»: o amor como paixão e desejo. «Filia»: o afecto, a afeição pura e simples, a simpatia, cortesia e benevolência. «Ágape»: o acto de «apreciar», de «estimar». É o amor enquanto relação generosa, é atenção e cuidado pelo outro.
O «amor» é uma única realidade, mas com diversos significados e dimensões. De todos eles sobressai o amor entre homem e mulher, no qual intervêm indivisivelmente o corporal e o espiritual e se abre ao ser humano uma promessa de felicidade. Quando o espírito e o corpo se fundem para amar, o ser humano torna-se plenamente ele próprio.
O ser humano não pode viver só no amor oblativo, deve também receber. Quem quer dar amor, deve recebê-lo em dom, beber incessantemente da fonte que é J.C., de cujo coração trespassado brota o amor de Deus (cf. Jo 19, 34). Jesus Cristo, que dá carne e sangue ao conceito do amor. Na sua morte de cruz, ele levanta o homem para o salvar — é o amor na sua forma mais radical.
E só a partir de lá podemos definir em que consiste o amor. A união com Cristo é união com todos os outros aos quais Ele Se entrega. Ninguém jamais viu a Deus tal como Ele é em Si mesmo. Mas Deus não nos é totalmente invisível. Deus amou-nos primeiro (1 Jo. 4, 10), apareceu no meio de nós, fez-se visível quando «enviou o seu Filho unigénito ao mundo, para que, por Ele, vivamos» (1 Jo 4, 9). Deus fez-Se visível: em Jesus, podemos ver o Pai (cf. Jo 14, 9). Ele ama-nos, faz-nos ver e experimentar o seu amor, e desta «antecipação» de Deus pode, como resposta, despontar também em nós o amor aos outros.
O amor ao próximo enunciado por Jesus: Eu amo, em Deus e com Deus, mesmo a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Aprendo a ver as pessoas não com os meus olhos e sentimentos, mas de Jesus Cristo. O seu amigo é meu amigo.

Resumo do tema do Fé e Missão, do fim de semana