Deus caritas est
É realmente possível amar a Deus, mesmo sem O ver? O amor pode ser mandado?
A Escritura afirma: « Se alguém disser: "Eu amo a Deus", mas odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê? » (1 Jo 4, 20). Este versículo deve ser interpretado no sentido de que o amor ao próximo é uma estrada para encontrar a Deus, e que o fechar os olhos diante do próximo torna cegos também diante de Deus. Ninguém jamais viu a Deus tal como Ele é em Si mesmo. E, contudo, Deus não nos é totalmente invisível. Deus amou-nos primeiro (1 Jo 4, 10) e este amor apareceu no meio de nós, fez-se visível (1 Jo 4, 9): em Jesus, podemos ver o Pai (cf. Jo 14, 9).
Ele amou-nos primeiro, e continua a ser o primeiro a amar-nos; Ele ama-nos, faz-nos ver e experimentar o seu amor, e desta « antecipação » de Deus pode, como resposta, despontar também em nós o amor. O amor não é apenas um sentimento. Os sentimentos vão e vêm. O sentimento pode ser uma maravilhosa centelha inicial, mas não é a totalidade do amor.
O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, mas é um processo que permanece continuamente em caminho: o amor nunca está «concluído» e completado; transforma-se ao longo da vida, amadurece e, por isso mesmo, permanece fiel a si próprio. Querer a mesma coisa e rejeitar a mesma coisa é, segundo os antigos, o autêntico conteúdo do amor, que leva à união do querer e do pensar e, assim, o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais.O amor ao próximo consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Só o serviço ao próximo é que abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me ama. Por isso, amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas, ambos vivem do amor preveniente com que Deus nos amou primeiro.
A Escritura afirma: « Se alguém disser: "Eu amo a Deus", mas odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê? » (1 Jo 4, 20). Este versículo deve ser interpretado no sentido de que o amor ao próximo é uma estrada para encontrar a Deus, e que o fechar os olhos diante do próximo torna cegos também diante de Deus. Ninguém jamais viu a Deus tal como Ele é em Si mesmo. E, contudo, Deus não nos é totalmente invisível. Deus amou-nos primeiro (1 Jo 4, 10) e este amor apareceu no meio de nós, fez-se visível (1 Jo 4, 9): em Jesus, podemos ver o Pai (cf. Jo 14, 9).
Ele amou-nos primeiro, e continua a ser o primeiro a amar-nos; Ele ama-nos, faz-nos ver e experimentar o seu amor, e desta « antecipação » de Deus pode, como resposta, despontar também em nós o amor. O amor não é apenas um sentimento. Os sentimentos vão e vêm. O sentimento pode ser uma maravilhosa centelha inicial, mas não é a totalidade do amor.
O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, mas é um processo que permanece continuamente em caminho: o amor nunca está «concluído» e completado; transforma-se ao longo da vida, amadurece e, por isso mesmo, permanece fiel a si próprio. Querer a mesma coisa e rejeitar a mesma coisa é, segundo os antigos, o autêntico conteúdo do amor, que leva à união do querer e do pensar e, assim, o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais.O amor ao próximo consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Só o serviço ao próximo é que abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me ama. Por isso, amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas, ambos vivem do amor preveniente com que Deus nos amou primeiro.
Bento XVI; Deus caritas est
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