Birmânia
Fiquei impressionado, devo dizer, com o que se passou há dias na Birmânia. Provavelmente poucos sabem onde fica, mas isso também não interessa para o caso.
Fiquei impressionado, não com a ditadura, não com a brutalidade da repressão aos manifestantes, nem tão pouco com a reacção da comunidade internacional ("viva" no momento, e esquecida agora. É o costume, quando não nos interessa!!!).
O que me admirou foi esse "batalhão" de monges Budistas fora dos mosteiros, sem nenhum interesse de poder, na primeira linha dos protestos e, por isso, o alvo principal de uma "telhuda" junta militar que, como todas no género, querem pôr o país a "ferro e fogo".
Eu pensava, devo confessar, que a espiritualidade budista tinha como objectivo principal o distanciamento da realidade para maior libertação interior em relação aos mecanismos de poder, da política, da economia. O que é que fizeram? Vieram para a rua, na hora de defender a liberdade e os direitos dos mais indefesos. Sem interesses de poder, simplesmente pela dignidade humana e pelos direitos de cada pessoa.
Devo admitir que me fez lembrar um cristianismo encarnado, activo, interveniente que equilibra a perfeição pessoal e a intervenção social, sobretudo no que contempla a justiça e o respeito de todos e cada um.
Para mim, fica sobretudo o ensinamento de uma forma de conciliar, melhor, ligar contemplação e acção, meditação e compromisso, espiritualidade e empenhamento social. Quanto me aprazaria encontrar muitos cristãos nesta forma de estar na vida!!!
Seria certamente bem melhor que algumas das respostas que ouvimos em Fátima quando pedíamos uma simples assinatura pelo darfur!!!
Quando pensamos que não temos lições a receber de ninguém é quando elas nos são oferecidas. Mas nem todos as vemos.
E é pena.
Fiquei impressionado, não com a ditadura, não com a brutalidade da repressão aos manifestantes, nem tão pouco com a reacção da comunidade internacional ("viva" no momento, e esquecida agora. É o costume, quando não nos interessa!!!).
O que me admirou foi esse "batalhão" de monges Budistas fora dos mosteiros, sem nenhum interesse de poder, na primeira linha dos protestos e, por isso, o alvo principal de uma "telhuda" junta militar que, como todas no género, querem pôr o país a "ferro e fogo".
Eu pensava, devo confessar, que a espiritualidade budista tinha como objectivo principal o distanciamento da realidade para maior libertação interior em relação aos mecanismos de poder, da política, da economia. O que é que fizeram? Vieram para a rua, na hora de defender a liberdade e os direitos dos mais indefesos. Sem interesses de poder, simplesmente pela dignidade humana e pelos direitos de cada pessoa.
Devo admitir que me fez lembrar um cristianismo encarnado, activo, interveniente que equilibra a perfeição pessoal e a intervenção social, sobretudo no que contempla a justiça e o respeito de todos e cada um.
Para mim, fica sobretudo o ensinamento de uma forma de conciliar, melhor, ligar contemplação e acção, meditação e compromisso, espiritualidade e empenhamento social. Quanto me aprazaria encontrar muitos cristãos nesta forma de estar na vida!!!
Seria certamente bem melhor que algumas das respostas que ouvimos em Fátima quando pedíamos uma simples assinatura pelo darfur!!!
Quando pensamos que não temos lições a receber de ninguém é quando elas nos são oferecidas. Mas nem todos as vemos.
E é pena.
1 Comments:
Tinha lido na altura na Eclésia que tinhas conseguido apenas 500 assinaturas e eu fiquei a pensar...em Fátima? mas havia lá tanta gente...???? E pensei que nas festas num universo com muito menos gente eu tinha conseguido imensas...pessoas que não me conheciam, pessoas que possivelmente nunca vão á igreja...mas para ajudar os outros...basta ter coração...isso, CORAÇÂO!! Está desvendado o "4º mistério de Fátima"...as pessoas que vão a Fátima (a maioria) vão porquê????? Vão num acto egoista...pedindo "milagres" ou pagando promessas, para elas Deus ou Maria...são os milagreiros de serviço, que estão atrás da secretária e puxam o seu caderno onde vão anotando tudo o que fazem, são os contabilistas que anotam no Razão os débitos e os Créitos desta gente...Recuso-me a ver Deus Contabilista, a ver Deus Milagreiro...recuso-me a uma fé de templo que não passa pelo coração, recuso-me...sempre me recusei...
vivi a maior parte da minha vida sem ir á Igrela, ou ia «muito de vez em quando, mas sempre vivi muito Deus, talvez de uma forma mais egoista, talvez... por isso a minha fé é muito mais de coração do que de templo...e lamento que a maior parte das pessoas a viva ao contrário...vão a Fátima, são cristãs...mas ajudar os outros não...que pena... que sejam tão egoistas...afinal deveriam reformular tudo...
Acho que nunca fui a Fátima nesses dias "apoteóticos"...gosto de ir a Fátima quando há lá pouca gente, não gosto de ver pessoas a rastejar e outros afins...se Deus nos dá tudo gratuitamente, porque insistem em fazer negócios com Ele???
As pessoas também não assinaram e ainda deram respostas pouco apropriadas...imagino...porque estavam a interromper o seu negócio...que tristeza... eu sou como todas as pessoas...mas há coisas que me recuso a aceitar... e este comportamento é um deles...
No próximo 13 de Maio, ao ouvirmos... "grande manifestação de Fé..." deverá ler-se... "...grande manifestação de egoismo..."
Era isto que de facto aqueles monte de gente precisava ouvir! Bom, mas é o que temos!!
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