Darfur crianças
As crianças, apresentadas como doentes que era preciso curar em França, não tinham nenhum documento de identidade, nem a associação Arca de Zoé possuía algum documento que lhe permitisse viajar com crianças não acompanhadas por familiares próximos.
Com idades compreendidas entre 3 e 8 anos, as crianças foram levadas para um centro social de Abéché. Segundo a diplomacia francesa, o alto comissariado da ONU para os refugiados (HCR), tenta identificá-las, ao mesmo tempo que enviou para o lugar um médico e uma enfermeira para tomar conta das crianças. O avião que as transportaria era esperado esta sexta feira à tarde no aeroporto de Vatry, a 160 Km de Paris, por um bom grupo de pessoas membros da associação e de famílias de acolhimento das crianças.
Cerca de 300 famílias francesas teriam dado entre 2.800 e 6.000 euros para se ocupar de uma criança. Enquanto Ndjamena denuncia um “tráfico ilícito de pessoas”, Paris denuncia “as condições nas quais esta operação parece ter sido organizada”.
O Chade e o Sudão, donde poderão ser originárias as crianças, são dois estados soberanos que não autorizam a adopção. “E por isso impossível, diz ainda o comunicado do ministério dos negócios estrangeiros francês, para uma família francesa começar um processo de adopção de uma criança chadiana ou sudanesa”. Raquel Sanchez membro de uma das famílias de acolhimento afirma que neste caso “nunca ninguém falou de adopção, falou-se foi de acolhimento urgente”.
O ministro dos negócios estrangeiros franceses afirma que um inquérito judicial está já em curso no tribunal de grande instância de Paris, para averiguar e fazer luz sobre este caso.
Mais informações na RFI
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