JOVENS NAS RUAS
Manifestações estudantis em França
Centenas de milhares de franceses manifestaram-se hoje, por todo o país, convocados por movimentos estudantis e sindicais, em protesto contra o contrato de primeiro emprego proposto pelo governo.
Os organizadores dizem ter mobilizado perto de 1,5 milhão de manifestantes, dos quais 350 mil na capital, Paris. A polícia refere que em todo o país foram contabilizados cerca de 500 mil manifestantes. Ao fim da tarde, confrontos entre os estudantes e as forças da ordem, originaram pelo menos um carro queimado e mais de 200 jovens presos.
A manifestação surge na sequência da proposta de Contrato do Primeiro Emprego (que os manifestantes designam por CPE), votado a 9 de Março e abrangendo os trabalhadores menores de 26 anos. Entre outros pontos, o contrato permite a um empregador despedimentos sem justificação nos dois primeiros anos de trabalho.
Apelo ao debate
Sexta-feira à noite, vários reitores de universidades francesas reuniram-se com Dominique de Villepin, primeiro ministro. Pediram a suspensão do projecto por seis meses, para permitir o debate. O primeiro ministro considera este contrato especial como um elemento-chave do seu projecto contra o desemprego juvenil e rejeitou o pedido. Daniel Cohn-Bendit, líder da revolta estudantil de Maio de 1968 em Paris, rejeitou, numa entrevista ao jornal Financial Times, que se possa estabelecer um paralelo entre a contestação de hoje e a da sua juventude. No seu entender, a França está a viver "uma grave crise política" e a geração actual de manifestantes é conservadora e treme com a perspectiva da mudança. "Os jovens têm uma visão negativa do futuro. Estes protestos baseiam-se na defensiva, são o medo da insegurança e da mudança", comentou Cohn-Bendit.
Os organizadores dizem ter mobilizado perto de 1,5 milhão de manifestantes, dos quais 350 mil na capital, Paris. A polícia refere que em todo o país foram contabilizados cerca de 500 mil manifestantes. Ao fim da tarde, confrontos entre os estudantes e as forças da ordem, originaram pelo menos um carro queimado e mais de 200 jovens presos.
A manifestação surge na sequência da proposta de Contrato do Primeiro Emprego (que os manifestantes designam por CPE), votado a 9 de Março e abrangendo os trabalhadores menores de 26 anos. Entre outros pontos, o contrato permite a um empregador despedimentos sem justificação nos dois primeiros anos de trabalho.
Apelo ao debate
Sexta-feira à noite, vários reitores de universidades francesas reuniram-se com Dominique de Villepin, primeiro ministro. Pediram a suspensão do projecto por seis meses, para permitir o debate. O primeiro ministro considera este contrato especial como um elemento-chave do seu projecto contra o desemprego juvenil e rejeitou o pedido. Daniel Cohn-Bendit, líder da revolta estudantil de Maio de 1968 em Paris, rejeitou, numa entrevista ao jornal Financial Times, que se possa estabelecer um paralelo entre a contestação de hoje e a da sua juventude. No seu entender, a França está a viver "uma grave crise política" e a geração actual de manifestantes é conservadora e treme com a perspectiva da mudança. "Os jovens têm uma visão negativa do futuro. Estes protestos baseiam-se na defensiva, são o medo da insegurança e da mudança", comentou Cohn-Bendit.
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