Nova Pastoral
Coragem precisa-se
D. Carlos Azevedo é o secretário da conferência episcopal portuguesa (CEP). Numa longa entrevista à agência Ecclesia sobre a Igreja Católica em Portugal, teve uma frase que para mim acho fundamental, mas que, como muitas outras coisas fundamentais, risca de passar despercebida e de se perder nas no marasmo cristão.
É preciso dizer que a frase não é nova, mas tem seguramente mais peso e importância vinda de quem veio. Diz D. Carlos projectando a evangelização no futuro: “ Temos que reconsiderar a forma de fazer pastoral”.
É preciso dizer que a frase não é nova, mas tem seguramente mais peso e importância vinda de quem veio. Diz D. Carlos projectando a evangelização no futuro: “ Temos que reconsiderar a forma de fazer pastoral”.
Porque é assim tão importante? Porque a pastoral é a base de tudo. Na pastoral estão inscritos os grandes objectivos, as linhas de acção, as metodologias, os meios que se dão para reflectir, e agir em Igreja. Ora reconsiderar a pastoral é reconsiderar o que e como se está a trabalhar e a viver em Igreja: a liturgia, as vocações, a família, o social, as minorias, o relacionamento interpessoal, a fé vivida no dia-a-dia. Um exemplo: não podemos continuar a contabilizar os “católicos praticantes”, somente pela participação na eucaristia dominical. Até porque aí é um dos momentos da nossa vida em que não praticamos quase nada, a não ser um pouco de equilibrismo nas pernas quando estamos de pé, e do pescoço quando estamos sentados. A boca utiliza-se mais para bocejar que para cantar e custa-nos a descruzar os braços mesmo para o gesto da paz.
Ah! Só mais uma achega: é muito bonito dizer que temos que repensar a pastoral. Falta é saber se nas nossas dioceses e paróquias existe uma pastoral; e ainda que tipo de pastoral?!
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