Calafrios

Saber agradecer

Recebi há pouco tempo uma carta de uma pessoa que me é muito querida e que gostaria de partilhar convosco.

Entre muitas coisas dizia:

“Enquanto arrumava papéis antigos, li qualquer coisa que quase me fez chorar:

Escrevo-te hoje como em qualquer outro dia,
Mas de forma especial,
Para Te dar graças pela vida, pelo amor e pela esperança
Que sinto nestes momentos.
Tenho vontade de lutar, de Te sentir sempre como agora.
Espero que nunca chegue o momento
De me separar da sociedade,
Em que só procure no meu interior,
E não no meio dos outros.
Guardarei isto que Te escrevo, para o caso de algum dia
Me faltarem as forças para continuar a lutar,
Para sentir esperança e amor,
Para me esquecer do meu egoísmo e sair para a realidade,
Recordando que Tu existes e que também lutas aqui,

Ao meu lado.
Por tudo isto, graças Te dou.

Foi esta carta que me fez sentir forte para quebrar as barreiras e saltar para o exterior, para sentir Deus e a vida. Apercebi-me do terrível perigo que correra e que, graças a Ele, tinha superado.

Alguns não conseguem superar a mesma situação e, em certas ocasiões, ainda sinto calafrios durante a noite, en­quanto a imagem de Deus me acompanha”.